"(...) Quando o pelotão chega a Monza, havia um empate na classificação geral entre Nelson Piquet e Carlos Reutemann a 45 pontos cada um, com o piloto brasileiro a liderar com três vitórias (Argentina, San Marino e Alemanha) contra duas vitórias de Reutemann (Brasil e Belgica). Mas ainda havia outros pilotos que poderiam chegar ao primeiro posto, como o francês Jacques Laffite, com 34 pontos e uma vitória (Austria), o australianao Alan Jones, com 31 pontos e uma vitória (Long Beach) e até o jovem Alain Prost tinha hipóteses, com 28 pontos e duas vitórias no currículo (França e Holanda).
(...) O tempo estava encoberto nesse dia e momentos antes, o nevoeiro e alguma chuva tinha colocado uma camada fina de humidade na pista. Mas isso não impediu que todos alinhassem com pneus "slick" à partida e no momento que as luzes ficaram verdes, os Renault partiram na frente, com Prost a ficar na frente de Arnoux na primeira chicane. Atrás, Reutemann passava para terceiro enquanto que Pironi fazia uma partida excepcional, ficando em quarto quando chegou à primeira chicane. Nas curvas seguintes, Reutemann e Pironi discutiram o segundo posto, que ficou decidido a favor do francês da Ferrari, para gaudio dos "tiffosi" ali presentes.
Prost conseguiu distanciar-se um pouco nas voltas seguintes, enquanto que atrás, Arnoux e Laffite fazem corridas de recuperação e conseguem passar os Williams e Pironi para ficarem respectivamente com o segundo e o terceiro posto. Villeneuve tentou fazer o mesmo, mas o motor desfez-se na Chinca Ascari, à passagem da quinta volta. (...)
(...) Nesta altura caiam uns pingos de chuva na pista e o piso estava escorregadio, mas não o suficiente para que trocassem de pneus. Nesta altura, Giacomelli, Tambay e Watson juntam-se ao grupo, com o italiano a chegar ao terceiro posto, passando Reutemann. Tambay andou perto e Watson ia fazer o mesmo quando na 19ª volta, perdeu o controlo do seu McLaren à saída da segunda Lesmo e bateu forte de traseira, partindo o carro em dois e causando confusão suficiente na pista para provocar o despiste do Tyrrell de Michele Alboreto. Felizmente, Watson saiu incólume do seu carro, provando a resistência do chassis de fibra de carbono. (...)"
Estas são algumas das incidências do Grande Prémio de Itália de 1981, e que publico hoje no Pódium GP. Enquanto que foi uma corrida disputada no meio do pelotão, na frente Alain Prost liderou da primeira chicane da primeira volta até à bandeira de xadrez, sem ser totalmente incomodado e demonstrando o poder do motor Renault Turbo... quando este não falhava.
A corrida teve vários incidentes, como o de John Watson, e "golpes de teatro" como foi o motor quebrado de Nelson Piquet quando este estava a caminho de um terceiro posto e a sair do circuito com o comando do campeonato. Afinal, acabou por ser o seu maior rival, Carlos Reutemann, a herdar esse posto e sair dali com a liderança do campeonato, três pontos à frente do piloto brasileiro. Mas ele tinha conseguido o suficiente para se classificar na sexta posição, e no final, esse ponto fez muita diferença...
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comentem à vontade, mas gostava que se identificassem, porque apago os anónimos, por bem intencionados que estejam...