Com a noite a cair na cidade-estado de Singapura, o grande receio desta altura era saber se a chuva iria fazer a sua aparição por aquelas bandas. Sempre uma ameaça, devido à sua localização geográfica e à "precisão britânica" da chuva, este ano parecia que os boletins meteorológicos estavam a dar mais hipóteses dela cair do que nos outros anos. Mas à medida que a hora da qualificação se aproximava, tal não acontecia e todos podiam concentrar em marcar tempos para a qualificação.
Com os carros à pista para a Q1, viam-se as diferenças entre os da frente e os de trás. Chegou a haver sete segundos de diferença entre Vettel e o último, Jerôme D'Ambrosio, e os pilotos, alguns colocaram pneus moles, e outros, como Paul di Resta, colocaram pneus muito moles e com alguns resultados interessantes. Mas no final, os da frente ficaram na frente, e os de trás estavam atrás, mas o "azarado" que ficara para trás na Q1 é algo surpreendente: o Renault de Vitaly Petrov, que irónicamente, é colocado de fora por... Bruno Senna, o seu companheiro de equipa.
Com a Q2, as coisas começaram a ser mais interessantes, pois trata-se do meio do pelotão e as surpresas costumam ser maiores. Mas mal começou a Q2, e quando Vettel e Jenson Button marcaram os seus tempos, surgiram as bandeiras vermelhas quando o japonês Kamui Kobayashi bateu forte na curva e estragou o seu carro. Após alguns minutos para tirar o Sauber do seu lugar perigoso, a qualificação continuou.
E no final, apesar do furo lento de Hamilton no final da Q2, o engraçado foi ver os Force India de Paul di Resta e Adrian Sutil no "top ten", enquanto que o Sauber de Sergio Perez, os Williams de Pastor Maldonado e Rubens Barrichello, bem como o Renault de Bruno Senna e claro, o outro, o outro Sauber de Kamui Kobayashi.
Com a chegada da Q3, cedo, Vettel colocou em sentido a concorrência ao fazer um tempo que dava logo a "pole-position". Apesar das reacções dos McLaren de Jenson Button e Lewis Hamilton, e dos Ferrari terem ficado um pouco mais discretos nesta última parte, Mark Webber lá conseguiu arranjar espaço e tempo para fazer o segundo melhor tempo, 341 centásimos atrás de Vettel.
E quando o cronómetro chegou a zero e o último carro cruzou a meta para ver a bandeira de xadrez, viamos um alinhamento curioso, uma hierarquia da formula 1 nesta temporada de 2011: Red Bull na primeira linha, McLaren na segunda, Ferrari na terceira, Mercedes na quarta e Force India na quinta, com a curiosidade de saber que os três últimos não rolaram nesta Q3, para poupar pneus para amanhã.
No final, Vettel era um homem feliz. Falou na imprensa que "Pesando tudo, foi uma sessão perfeita. É um grande desafio, com tantas curvas e uma volta longa para se fazer tudo perfeito. Aprendemos com os erros cometidos no ano passado e mantivemos a cabeça fria. É ótimo podermos ter os nossos dois carros na linha da frente, por isso vamos ver amanhã". E ainda por cima, agora está a apenas três pole-positions de bater o recorde de Nigel Mansell, em 1992. Interessante, hein?
Mas para o título, precisa de muito mais coisas. Não depende de si para comemorar o bicampeonato, precisa que os outros tenham o seu dia de azar...
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