A GP3, tal como a GP2, terminou a sua temporada neste final de semana em Monza. E esta manhã, precisamente na última corrida da temporada, António Felix da Costa deu finalmente um ar da sua graça ao subir ao lugar mais alto do pódio, depois de ontem ter chegado ao fim no sétimo lugar.
A corrida foi disputada, apesar de largar do segundo lugar da grelha, graças a esse sétimo posto, por causa do critério da grelha invertida. F foi uma luta disputada entre ele e os britânicos James Calado e Mitch Evans. As coisas decidiram-se a favor do piloto português quando ambos os britânicos se desentenderam na primeira chicane, a quatro voltas do fim, com prejuizo para Evans. Calado acabou no segundo posto, mas foi penalizado em vinte segundos pelo colégio de Comissários, caindo para o 14º posto. Asim, o indonésio Ryo Haryanto foi o maior beneficidado, chegando ao segundo lugar, com o holandês Nico Muller a ser o terceiro.
No final, feliz da vida por ter ouvido o hino nacional no pódio, afirmou: "São estas sensações que nos fazem verdadeiros pilotos de automóveis. Saber perder e saber ganhar faz parte da minha vida de piloto profissional. Agradeço à SoWhat, aos meus patrocinadores, à família e aos amigos e, claro, aos muitos fãs que sempre acreditaram em mim. Estou agora concentrado na ida ao Grande Prémio Macau, sendo que muito possivelmente irei correr no próximo fim-de-semana no Open F3 em Portimão, em que prometo como sempre lutar pela vitória".
Francamente, já merecia há muito vencer a GP3. Nenhum dos pilotos que lutava era "inalcançável" e sabia que os azares que estava a ter eram isso mesmo: azares. Ou então "azelhices" da equipa. Li o seu desabafo no Facebook, após o final de semana dupla na Belgica e entendi plenamente, porque ele não tinha desaprendido de um dia para o outro, e o melhor exemplo disso foram as corridas no Britânico da Formula 3, onde em seis participações, pontuou sempre e subiu ao pódio em três ocasiões. Portanto, por ele mesmo, nunca tinha passado de "cavalo para burro". E essa vitória em Monza, depois de um bom final de semana da sua parte, é a melhor prova disso.
Agora vai fazer algumas provas de Formula 3, como forma de se preparar para o Grande Prémio de Macau, que como sempre, será disputado em novembro. Será uma forma de manter a forma até lá, até acho que seria engraçado se voltasse a correr na F3 britânica, agora que tudo está decidido a favor de Felipe Nasr.
Mas as pessoas já lhe perguntam o que deveria fazer em 2012, se continuar na GP3 por mais uma época numa ART ou noutra equipa que não a Status, ou então dar o passo seguinte, que seria ir para a GP2. O seu conselheiro, Tiago Monteiro, terá certamente um lugar reservado para ele, e ele tem tempo que sobra para andar nessa categoria, pois tem apenas vinte anos de idade. Mas entre o ficar na GP3 e tentar o título e ir já para a GP2, arriscando-se a queimar algumas etapas, eis um dilema de dificil resolução. Mas acho que está bem rodeado de conselheiros.
Será que no meio disto tudo não se pode arranjar novo teste na Formula 1? Teria a sua graça vê-lo outra vez por lá...
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