terça-feira, 27 de setembro de 2011

O uso do nome Raikonnen para ganhar mais publicidade

Pois é: parece que, tal como aconteceu em 2010, no caso da Renault, o nome de Kimi Raikkonen foi de novo usado por outra equipa para atrair patrocinadores. Pelo menos, é isso que faz transparecer no artigo que o Luis Vasconcelos publica no Autosport esta semana, onde Raikonnen ainda não transpareceu o que irá fazer em 2012, pois ainda não descartou um regresso, embora este seja uma hipótese mínima.

E também neste artigo, outra coisa que se transpira são as tensões no seio da Williams, onde as relações entre Adam Parr e um dos sócios, Christian "Toto" Wolff, já alcançaram o ponto de ruptura, o que pode piorar as coisas, caso Frank Williams mantenha a confiança em Parr e Wolff saia de cena.

"WILLIAMS USA RAIKONNEN

O nome de Kimi Raikonnen está a ser usado pela equipa de Grove na tentativa de aliciar patrocinadores. Haverá fumo sem fogo?


A Williams está a tentar passar a ideia de que está próxima de assinar um contrato com Raikonnen, numa manobra que visa atrair patrocinadores para a equipa. Sabe-se que há mais de dois anos que Adam Parr tenta convencer o Qatar Bank a ser o principal patrocinador da Williams, sem sucesso, depois de terem sobroçado as negociações com a Sonangol, e, segundo boa parte dos observadores do paddock, esta é apenas mais uma forma de tentar convencer os árabes a investirem na equipa de Grove.
Sendo certo que Kimi Raikkonen esteve na fábrica da equipa inglesa entre os GP's da Belgica e da Itália, e também o finlandês não tem planos definidos para o próximo ano, mas mesmo que quisesse regressar à Formula 1 - motivação em que é dificil de acreditar, porque implicaria correr em 20 eventos e uma carga de trabalho do qual o nórdico é avesso - dificilmente Raikkonen o faria com a Williams, pois chegar aos pontos seria sempre complicado e o finlandês está habituado a lutar pelas vitórias.

NEGOCIAÇÕES NEGADAS

Falando do que poderá acontecer em 2012, Raikkonen disse que "por norma, só divulgo os meus programas em janeiro e este ano as coisas não serão diferentes". Segundo Steve Robertson, que está a gerir a sua carreira, "está tudo em aberto, pois tanto o Kimi pode continuar no Mundial de Ralis, como fazer corridas de NASCAR, um pouco de Sport-Protótipos ou mesmo regressar à Formula 1. Estamos a avaliar todas as possibilidades e, depois, iremos ver quais as portas que estão abertas".

Contudo, quando lhe foi perguntado diretamente por um colega da televisão finlandesa MTV3, se existiam negociações em curso na Williams, foi taxativo: "Não estamos a negociar com a Williams!" Ou seja, a visita à fábrica aconteceu, mas apenas para Raikkonen conhecer a estrutura e ver o potencial da Williams, não para iniciar negociações com vista à assinatura de um contrato. Conhecendo o temperamento do finlandês, esta utilização do seu nome para outros fins deverá desagradar-lhe bastante e fechar definitivamente as portas a um eventual entendimento com a Williams.

PILOTOS PAGANTES NA LISTA DE GROVE

Se a ligação a Raikkonen está a ser exagerada para atraír patrocinadores, no dia a dia, a williams continua a negociar com pilotos capazes de trazer cinco milhões de euros para a equipa. Mas Sutil, o primeiro da lista de Parr, perfere esperar por uma decisão da Force India antes de assinar com outra equipa, enquanto Petrov perfere continuar na renault se esta o confirmar no próximo ano.

Por isso, Jules Bianchi, Gierdo van der Garde e Charles Pic também estão sob a mira da Williams, que corre o risco de vir a alinhar com dois pilotos pagantes no Mundial de 2012.

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CONFLITO PARR-WOLFF

O péssimo desempenho da Williams no Mundial deste ano e as decisões tomadas quanto ao futuro próximo levaram a que "Toto" Wolff, o segundo maior acionista da equipa, e Adam Parr, tivessem uma forte discussão depois do GP de Itália, cortando relações e deixando Frank Williams em situação complicada. Por um lado, Frank Williams deposita confiança cega em Parr; por outro, sabe que só Wolff tem capacidade financeira para fazer a sua equipa sobreviver, para além de ser o gestor de Valteri Bottas, campeão da GP3 em que Sir Frank Williams deposita enormes esperanças.

Se muitos elementos da williams desejam, sem o poderem dizer publicamente, que este confronto o leve ao afastamento de Parr, que é muito impopular entre os seus funcionários, a maior parte acreditar que Sir Frank vai continuar a defendê-lo, arriscando-se mesmo a perder a colaboração de Wolff e o contrato de Bottas. Uma decisão que poderia precipitar a equipa para uma crise ainda maior do que aquela que já atravessa, até porque os seus elementos mais competentes estão todos, abertamente, à procura de emprego noutras equipas."

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