(...) Após a bem sucedida temporada de 1977, começou a ser produzido o seu sucessor, no sentido de se adaptar aos tempos que corriam, onde o efeito-solo começava a ganhar importância, graças aos trabalhos do chassis Lotus 78, de Colin Chapman, que tinham demonstrado o seu sucesso nas pistas. Tony Southgate decidiu elaborar o projeto do DN9 nessas permissas, esperando que isso representasse um passo adiante nos seus sucessos.
Contudo, antes de que o trabalho pudesse ser finalizado, no final de 1977, a agitação tomava conta da empresa. Depois de uma tentativa mal sucedida para desalojar o patrão e fundador da Shadow, Don Nichols, do seu lugar, o grupo de sócios descontentes saiu da Shadow para fundar em resposta a Arrows, que significavam as iniciais dos seus membros: Ambrosio, o patrocinador, Alan Rees e Jackie Oliver, os diretores, Dave Wass, o engenheiro, e Tony Southgate, o projetista. O "R" que sobrava foi acrescentado para que soasse como o nome que acabou por ficar. (...)
Se julgavam que este era uma polémica passageira, onde cada um seguiu o seu caminho, não foi assim. À medida que a temporada de 1978 avançava, e os resultados da Arrows começavam a surpreender muitos incautos - quase venciam o GP da Africa do Sul e foram segundos na Suécia através de Riccardo Patrese - a Shadow processou a nova equipa, afirmando que o chassis deles, o FA1, era uma cópia descarada do seu DN9. Cópia não seria bem, pois tinham sido desenhados pelo mesmo projetista. Seria mais o aproveitamento de um projeto. O fato é que a Shadow acabou por ganhar o processo em tribunal e a Arrows teve de desenhar um carro novo, que conseguiu fazer em tempo recorde.
Mas não foi isso que impediu o declínio da Shadow. Sem grandes patrocinios para a temporada de 1979, recorreu a dois jovens pilotos com dinheiro para sobreviver, o italiano Elio de Angelis e o holandês Jan Lammers. No final, apenas uma boa condução do italiano na pista molhada de Watkins Glen, onde chegou na quarta posição, impediu que a equipa acabasse o ano sem pontos. Mas o fim estava próximo. Podem ler isso e muito mais hoje no Portal F1.
Os F1 de 1977 até 1982 foram os mais bonitos de sempre. As próprias decorações eram bem mais vistosas/marcantes que agora. Os pneus largos, asas baixas e quase inexistentes devido à aerodinâmica ser essencialmente feita pelo fundo "venturi", a diversidade de abordagens, fez deste periodo, para mim, o periodo de ouro nos veículos.
ResponderEliminarTenho 41 anos pelo que posso ser suspenito de saudosismo, pois a primeira corrida de que me lembro ver integralmente foi o GP de Espanha de 1981, de Jarama, na TVE. De 1980 lembro-mme de algumas coisas, mas não de tudo, pois até penso que a RTP não transmitiria as corridas.
continuação do seu excelente trabalho