Um azar nunca vem só. Se ontem foi a caixa de velocidades que o impediu de andar pelas posições da frente, desistindo na quarta volta da corrida de qualificação, esta madrugada, a corrida de recuperação de Antonio Felix da Costa, que tinha começado da 25ª posição, foi interrompida quando, numa altura de Safety Car, descobriu-se um problema no rolamento da roda, que estava gripado, obrigando-o a abandonar.
Em termos de corrida, esta foi ganha pelo espanhol Daniel Juncadella (já agora, é o sobrinho de Luis Perez-Sala) que aproveitou da melhor forma uma passagem do Safety Car na pista, pois o lider era o alemão Marco Wittmann. Quando este recolheu-se às boxes, Juncadella, Wittman, o brasileiro Felipe Nasr e o japonês Yuhi Sekiguchi envolveram-se numa batalha pela liderança do qual o espanhol saiu vencedor, com Nasr sempre a pressioná-lo até nova saída do Safety Car, que acabou praticamente com a corrida, dando a vitória ao espanhol.
E assim acabou o seu fim de semana macaense, que foi mais de pesadelo do que outra coisa: "Estava a atacar e recuperar muitos lugares, já era 14º e sentia-me confiante para ir bem mais para a frente, mas na entrada do safety car percebi que algo estranho se passava na traseira do carro e vim as boxes mudar um pneu", começou por referir.
"2011 não foi mesmo o meu ano. Muitos incidentes, problemas técnicos e azares, enfim para esquecer. Aqui em Macau não foi exceção e infelizmente não pude lutar pela vitória, como tanto queria. Vamos agora trabalhar para 2012. Felizmente a minha rapidez, consistência e credibilidade enquanto piloto não estão em causa e as principais equipas de GP2 e World Series têm mostrado interesse em mim", concluiu.
Antes dos "campeões da Playstation" começarem a mandar as bocas do costume, deixem-me dizer que apesar de tudo, Felix da Costa venceu uma corrida na GP3 e das seis corridas que teve na Formula 3 britânica, pela Hitech, pontuou em todas elas e subiu ao pódio em quatro ocasiões, logo, a sua rapidez não está em jogo. E na GP2, acabou em sétimo lugar a sua primeira corrida, em Abu Dhabi, para não falar do terceiro lugar na qualificação desta corrida em Macau. Tudo isto para dizer que foi uma questão de sorte. Questões como "se o contrário tivesse acontecido" fazem-me, sinceramente, pensar na frase da Lili Caneças: "estar vivo é o contrário de estar morto".
Para o António, só digo que 2011 acabou, em 2012 há mais. E boa sorte no campeonato que escolher, claro.
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