Acabou esta tarde o Mundial de ralis, e se já se sabia que Sebastien Löeb que iria ser campeão do mundo pela oitava vez consecutiva, queria-se saber se Löeb iria reagir esta manhã para apanhar Jari-Matti Latvala. Afinal de contas... não. Um acidente numa ligação, quando o piloto francês bateu de frente com o carro de um espectador - é o que dá não guiar pela esquerda... - o obrigou a abandonar e impediu o piloto francês a lutar pela vitória neste rali.
Assim sendo, Latvala passeou a sua classe no último dia do Rali de Gales, limitando-se a levar o seu carro até ao fim, como todos fizeram nessa altura, para conseguir a sua primeira vitíoria na temporada de 2011. A acompanhá-lo no pódio, dois noruegueses: Mads Ostberg e Henning Solberg. Se no caso de Ostberg, parece que conseguiu resolver os seus problemas de motor, já no caso de Solberg, conseguiu resistir aos ataques de Chris Meeke, que no seu Mini JCW WRC, conseguiu desta vez levar o seu carro ao fim, ao contrário de Dani Sordo, desta vez. Meeke até poderia ter acabado o rali no terceiro lugar, se não fosse um pião na última especial do dia...
Outro que aproveitou bem as classificativas caseiras foi Matthew Wilson, que conseguiu levar o seu carro até ao fim na quinta posição, na frente do estónio Ott Tanak, que na sua primeira experiência com um carro de WRC, e com os novos pneus DMack, fez um excelente rali e conseguiu a melhor classificação do ano. Isso demonstra o grande potencial que este piloto têm, pois é orientado por Markko Martin e tem apenas 24 anos.
O russo Evgueny Novikov, que neste rali correu com o terceiro carro oficial, acabou na sétima posição, com um desempenho que muitos acharam que esteve aquém das expectativas. Dennis Kuipers e Ken Block, ambos em Ford, ficaram logo atrás, na oitava e nona posições, antes de Armindo Araujo, que conseguiu levar o seu carro no fim nos pontos.
"Foi uma das provas mais difíceis e traiçoeiras que disputamos nos últimos anos. Sentimos, desde início, que o MINI não tinha as condições de afinação ideais para imprimir um ritmo agressivo e optamos por aplicar uma tática moderada para tirar partido da nossa maturidade neste tipo de situações. Esta prova fez muitas baixas no pelotão mas nós não cometemos qualquer erro e conseguimos sair ilesos de todas as armadilhas. Fomos recompensados pelo trabalho que efetuamos", afirmou o piloto de Santo Tirso, que acaba o campeonato com cinco pontos e o 23ª lugar da geral.
E assim termina o campeonato do mundo de 2011. Em 2012, com mais pilotos e mais carros de WRC, bem como o regresso do Rali de Monte Carlo, no final de janeiro, provavelmente teremos um campeonato emocionante.
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