Este é o meu último post de 2011. Foi um ano comprido, mas memorável em todos os aspectos. Acho que para o mal e para o bem, vai ser um ano que ficará para a Historia pelos eventos que aconteceram no Norte de Africa, pela quantidade de "estátuas", de ditadores que foram derrubados, e até executados. Khaddafi morto, Mubarak derrubado... quem poderia imaginar isso em dezembro de 2010? Ninguém, nem mesmo os escritores de ficção cientifica.
Mas o ano de 2011 ficou marcado pelo tsunami no Japão e a morte do Querido Líder, o Kim Jong-il. Confesso que no primeiro caso, fiquei impressionado pelo fato dos helicópteros japoneses terem filmado uma catástrofe em andamento, do qual todos nós vimos acontecer nas nossas televisões em todo o mundo. E da destruição subsequente, aprendemos a ouvir falar de um lugar desconhecido até ao dia 11 de março daquele ano: Fukushima. Local de uma central nuclear que não aguentou o forte terramoto e a subsequente devastação causada pelo tsunami. Aprendemos a comparar aquilo com Chernobyl, e pensamos que como seria possível ver outra vasta destruição, sete anos depois de outro tsunami, no Sudeste Asiático.
No segundo caso, as multidões chorosas pela passagem do féretro do Querido Líder, sob neve, em Pyongyang. Em muitos aspectos, era genuíno, o que me faz pensar se tudo aquilo não será o exemplo bem sucedido de uma lavagem cerebral. E o jovem e gordo líder, Kim Jong-un, continua o mistério do pais mais misterioso do mundo, e que tem armas nucleares. O que vai acontecer a seguir? Mais do mesmo ou alguma abertura, como acontece agora em Cuba?
Contiudo, o ano de 2011 ficou também marcado a ferro e fogo no automobilismo. Tivemos o domínio dos Sebastiões, na Formula 1 e nos ralis, e nunca um nome foi tão dominador como este. A concorrência bem lá tentou, mas foi quase uma inutilidade, onde andaram a recoilher as migalhas. Uma vitória aqui e ali, e pouco mais. Talvez em 2012 as coisas mudem, mas por agora, não creio. Temos de esperar pelo... inesperado. Mas este ano de 2011 vimos acidentes mortais no desporto que mais amamos. Vimos, por exemplo, um Dan Wheldon no seu melhor e dpeois no seu pior. Mal sabiamos que a sua inesperada vitória significou também a seu último grande feito em vida. Meses depois, iriamos ver em direto o seu acidente mortal, na veloz oval de Las Vegas, perseguindo um prémio de cinco milhões de dólares.
Mas também o ano de 2011 foi o último de muita gente. Elizabeth Taylor, Amy Winehouse, Steve Jobs... todos que foram importantes num tempo que agora ficou para trás. Fazem agora parte dos livros de história, estão gravados em filme, voz e outros meios para serem vistos nas gerações que vêm a seguir. De uma certa forma, garantiram a sua imortalidade, pois a cada geração que virá, serão vistos e ouvidos. E muitos ficarão admirados e fascinados por aquilo que fizeram. Tal como eu, um "petrolhead" fico admirado por certas pessoas que morreram antes de eu ter nascido. E assim, a imortalidade.
O que quero desejar para 2012? Melhor do que 2011. Que não seja tão marcante como 2011. Que não aconteça um terramoto tão devastador como no Japão. Que mais ditadores sejam derrubados. Que a crise se alivie. Que o Euro seja salvo, e que os nossos lideres estejam mais inspirados. Queria que fossemos bem sucedidos no campeonato europeu de futebol e batessemos o nosso recorde de medalhas nos Jogos Olimpicos. Que o campeonato de Formula 1 e de ralis sejam mais equilibrados e quem sabe, com outros vencedores. Que haja mais "fair-play" e que saibam que há mais vida para além do clube de futebol que apoiam ou o piloto de vence. Que consciencializem que há mais vida para além disto tudo. E que pensem que 2012 NÃO SERÁ o ano que acabará o mundo. Se querem acreditar numa coisa, agarrem mas é na vossa companheira - ou companheiro - e pratiquem o que vai no Kama Sutra. É muito mais credível do que o horóscopo da vossa revista ou jornal.
Enfim, que tenham um grande 2012, é o que desejo a todos.
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