A 11ª etapa do Rali Dakar, que colocou máquinas e pilotos no Peru, na etapa que ligou Arica, a localidade mais a norte do Chile, a Arequipa, já em terras peruanas.
E esta foi uma etapa onde Stéphane Peterhansel demonstrou que está cada vez mais perto de vencer o Dakar 2012, já que hoje venceu a 11ª etapa, três minutos e 44 segundos na frente de seu companheiro de equipa, Nani Roma, segundo na tirada e na geral, agora a 22 minutos e 49 segundos do piloto francês Aliás, esta foi um 1-2-3 da Mini, já que Ricardo Leal dos Santos foi o terceiro classificado, a oito minutos e 56 segundos de Peterhansel.
No final da etapa, o piloto francês explicou como foi o seu dia: "Não andámos nos nossos limites mas também não tivemos quaisquer problemas técnicos ou de navegação. Foi uma boa especial mas não muito divertida por causa do'fesh-fesh'. Não tínhamos muita visibilidade devido ao vento que trazia muito lixo. Neste momento tenho cerca de 20 minutos de vantagem para o Nani, mas temos duas etapas longas e difíceis pela frente. Vamos ver o que acontece. De todas as vezes que venci o Dakar nos carros sempre tive um companheiro de equipa a pressionar-me", referiu.
Nani Roma deu o seu melhor numa etapa que considerou bastante dura: "Foi uma especial muito exigente mas que acabou por correr bem com um ou outro pequeno percalço. Estou na segunda posição e vou dar o meu melhor nas etapas que restam. Tudo pode acontecer numa prova deste género", declarou.
Ricardo Leal dos Santos, como já foi dito, foi terceiro na frente do Toyota de Giniel de Villiers, que poderá ascender ao lugar mais baixo do pódio provisório. Este resultado tinha-o deixado bastante feliz, pois assim colocava-o do "top ten" :"Foi das etapas mais difíceis que fiz em Dakars mas também das mais espectaculares. Passámos por um sem número de peripécias mas no final correu tudo bem. Estou muito contente pelo resultado mas sobretudo por já estar no "top ten". Vamos ver se conseguimos subir ainda mais posições nas etapas que faltam", concluiu o piloto português.
Quem também não teve um dia bom é Carlos Sousa, que perdeu mais de hora e meia devido a uma aterragem mais violenta à saída de uma duna, que danificou a frente do seu Great Wall Haval. Por causa disso, teve de esperar pelo seu companheiro de equipa para que ele prestasse a devida assistência. No final da etapa, tinha baixado para o sétimo posto da geral, embora esteja a meros onze minutos do sexto lugar.
"Tínhamos percorrido já cerca de uma centena de quilómetros na primeira parte especial quando fomos surpreendidos por uma daquelas dunas cortadas tão típicas do deserto do Sahara. Como vínhamos depressa, já não conseguimos parar a tempo e aterrámos de forma algo violenta com a frente do carro. Encravados entre duas dunas e sem podermos recorrer aos macacos hidráulicos que terão ficados danificados com a força do embate, restou-nos esperar pelo carro do Zhou (Yong) que nos ajudou a retirar o carro daquele local... Perdemos muito tempo, mas pelo menos conseguimos continuar em prova e limitar prejuízos maiores em termos de classificação geral", explicou à chegada a Arequipa.
Nas motos, depois de ontem a diferença entre os dois primeiros ter caído para meros 21 segundos, Cyril Despres esteve hoje ligeiramente superior e venceu a tirada com um minuto e 39 segundos de vantagem sobre Gérard Farres Guell, também em KTM, ao passo que Marc Coma foi o terceiro, a dois minutos e um segundo.
Na geral, Despres conseguiu assim voltar a esticar a sua vantagem, dispondo de dois minutos e 22 segundos de avanço sobre Marc Coma. Johnny Aubert foi o quarto mais veloz do dia, logo na frente de Joan Barreda.
Quanto aos motards lusos, Hélder Rodrigues teve hoje um dia menos positivo ao fazer o nono tempo, a sete minutos e 44 sergundos de Despres, embora tenha mantido o terceiro lugar na geral tanto mais que Jordi Villadoms, que é quarto na geral, apenas lhe ganhou cerca de dois minutos. Na geral, e se dúvidas existissem em relação à luta pelo triunfo, o português está agora a uma hora, oito minutos e 40 segundos.
No final da especial o piloto português salientou que "perdi algum tempo na passagem pelo primeiro dos dois rios que havia para atravessar nesta etapa. Depois fiz uma gestão cautelosa do meu andamento, porque esta noite não vamos ter assistência e era importante poupar a moto e os pneus para o dia de manhã".
Quanto a Paulo Gonçalves, depois da sua penalização de seis horas - por ter recebido assistência exterior -, efetuou o 14º tempo, tendo necessitado de mais dezoito minutos e 35 segundos para cumprir a etapa de hoje.
A 12ª etapa ligará amanhã Arequipa a Nasca, em terras peruanas, e terá uma extensão de 686 quilómetros, 246 contra o cronómetro.
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