A nona etapa do Dakar, que se realizou esta tarde entre as localidades de Antofagasta e Iquique, no norte do Chile, no total de 565 quilómetros, 556 dos quais em pisos cronometrados, teve os Hummer como destaque... no pior e no melhor. Robby gordon ganhou, Nasser al-Attiyah desistiu. A vitória de Robby Gordon conseguiu retirar um minuto e 38 segundos de vantagem a Stéphane Peterhansel, fazendo-o aproximar do comando da classificação. O piloto norte-americano tem conseguido recuperar tempo ao veterano francês e a diferença entre ambos cifra-se agora em quase seis minutos - ou seja, quase nada numa corrida de Endurance - e agora, tudo está em aberto na luta pela vitória.
Já o terceiro classificado, o polaco Krzysztof Holowczyc, poderá ter ficado fora da discussão na tirada entre Antofagasta e Iquique, pois perdeu mais de dez minutos para Robby Gordon e está agora a dezasseis minutos e 49 segundos de Peterhansel. O Mini de Nani Roma foi o terceiro mais rápido na etapa, a oito minutos e 37 segundos do Hummer vencedor, num dia em que perdeu Nasser Al-Attiyah, que devido a problemas no alternador deu por concluida a sua participação no Dakar 2012.
Ricardo Leal dos Santos foi o melhor português nesta nona etapa, ficando a 15 minutos e 23 segundos de Gordon, e subiu três lugares na geral, passando de 15ª para 12º. No final da etapa, afirmou: "A etapa de hoje é uma clássica desta versão sul-americana do Dakar com a sua descida final espectacular para a chegada em Iquique. Correu-nos muito bem, apesar de um furo, um pouco depois de termos passado pelo Carlos Sousa, que voltámos a ultrapassar já depois da neutralização. O Top 10 está cada vez mais próximo mas o importante continua a ser rodar junto dos meus companheiros da frente, para os apoiar em caso de necessidade", referiu Ricardo Leal dos Santos à chegada a Iquique.
Já Carlos Sousa ficou um pouco mais atrás, a 22 minutos e 36 segundos do vencedor, mas deverá subir ao sétimo lugar da geral com a desistência de Al-Attiyah e ainda terminou à frente do Mini do russo Leonid Novistki. Na chegada a Iquique, afirmou: "Foi um dia longo e desgastante, é certo, mas que conseguimos ultrapassar sem grandes problemas, apesar de algumas passagens perigosas fora de pista e algum trabalho de navegação. O único verdadeiro desconsolo é mesmo não conseguir acompanhar o andamento dos Mini... Chega a ser frustrante vê-los passar por mim e não poder reagir. Enfim, é uma luta desigual mas que teremos de levar até ao fim, continuando a apostar na nossa regularidade e na grande fiabilidade que o Great Wall tem vindo a demonstrar até aqui", afirmou.
Nas motos, Cyril Despres retomou a liderança que havia perdido ontem, sendo claramente o mais rápido nesta nona etapa, colocando-se na frente logo após os primeiros quilómetros e terminando com três minutos e 54 segundos de avanço sobre o seu rival, Marc Coma. Desta forma, Despres lidera agora com dois minutos e 28 segundos de vantagem sobre o seu rival catalão, fazendo os dois homens da KTM uma corrida cada vez mais à parte neste Dakar, pois o terceiro classificado, o português Helder Rodrigues, está a quase uma hora dos dois pilotos.
O piloto da Yamaha foi o quarto mais rápido na tirada de hoje, atrás do espanhol da Husqvarna, Joan Barreda Bort, que se tem mostrado cada vez mais forte. O outro piloto da marca sueca, Paulo Gonçalves, foi quinto na especial de hoje e deverá recuperar o quarto posto a David Casteau, o que faz dos dois portugueses os melhores dos 'outros' neste Dakar, face à supremacia de Despres e Coma.
Amanhã, motos, carros e camiões farão a etapa entre Iquique e Arica, no total de 694 quilómetros, 377 dos quais em troço cronometrado.
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