sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Noticias: Jean Todt quer abolir o "Superrally" dos regulamentos

Cada vez mais gosto da postura de Jean Todt sobre os ralis. Um ex-navegador, nesse campo, pelo menos, quer reformar a competição de forma a que recupere um pouco o espírito dos anos 80. Com Michele Mouton na frente da comissão dos ralis da FIA, e claro, o regresso de Monte Carlo ao calendário do WRC. 

Hoje, o presidente da FIA manifestou numa entrevista ao site britânico Autosport que quer modificar os regulamentos para que o formato do "Superrally" seja abolido. "Devo dizer que gosto bastante da ideia de que se abandonaram, abandonaram de vez. Sinto que não é natural [voltar depois]. É a única categoria em que se desistirem ainda podem marcar pontos. Não vejo qualquer lógica nisso. Congratulo esta proposta do Automobile Club de Mónaco", começou por afirmar Todt. 

"Nunca vimos este tipo de competição em que se abandona e algumas horas mais tarde voltamos para marcar pontos. Percebo que pode ser positivo para fazer mais testes e aprender mais sobre o carro, e estou certo de que poderemos abordar esses problemas, mas sou completamente contra a ideia de pontuar quando se desiste. Quanto ao que vai acontecer no futuro, gostaria que os peritos - a Comissão do WRC - fizessem a sua proposta", acrescentou.

Para quem não sabe, o "Superrally" é uma forma do piloto regressar à competição caso sofra um despiste no primeiro dia da competição, que lhe permite regressar no dia seguinte, no último lugar da classificação, para que nos dois dias seguintes, possa recuperar posições suficientes até para pontuar. Já houve nos últimos anos alguns casos de pilotos, como Sebastien Löeb e Sebastien Ogier, na Citroen, ou Mikko Hirvonen e Jari-Matti Latvala, na Ford, que se despistaram no primeiro dia e recuperaram o suficiente para conseguir pontuar no final do rali, conseguindo pontos suficientes para lutar pelo título, como aconteceu a Löeb em 2011.


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