(...) Após as duas sessões de qualificação, o melhor foi James Hunt, no seu McLaren, com John Watson mesmo a seu lado, no Brabham-Alfa Romeo. Patrick Depailler, no Tyrrell de seis rodas, e Niki Lauda, no seu Ferrari, partilhavam a segunda fila da grelha de partida. O segundo McLaren de Jochen Mass era o quinto, seguido do Brabham-Alfa Romeo de José Carlos Pace. O herói local, Carlos Reutemann, era o sétimo na grelha, seguido pelo Lotus de Mário Andretti. A fechar o "top ten" estavam o Shadow de Tom Pryce e o segundo Lotus de Gunnar Nilsson.
Debaixo de calor típico do Verão austral, máquinas e pilotos prepararam-se para o inicio da temporada de 1977. Na largada, Watson partiu melhor e ficou com a liderança, com Hunt logo a seguir, enquanto que mais atrás, Gunnar Nilsson não saía da boxe devido a uma caixa de velocidades defeituosa. Nas dez voltas seguintes, Hunt perseguiu Watson até que conseguiu por fim ultrapassá-lo e tomar o comando da corrida. (...)
(...)Parecia que as coisas iriam correr bem para os Brabham, mas o asfalto ondulado de Buenos Aires estava a ser destruídos para as suspensões, e na volta 41, Watson sofria com uma falha da suspensão e assim, Pace herdou a liderança, com Scheckter agora em segundo e Andretti na terceira posição. Por esta altura, o brasileiro lidava com as altas temperaturas dentro do seu cockpit e tinha dificuldades físicas. Isso permitiu a aproximação de Jody Scheckter, que com o seu novo Wolf, estava cada vez mais a causar sensação. Na volta 48, o sul-africano passa para a liderança e afastou-se cada vez mais do pelotão. Andretti fez a mesma coisa na volta 51, mas pouco depois, um dos rolamentos gripou e não teve outro remédio senão encostar às boxes. Mas incrivelmente, conseguiu pontuar na quinta posição. (...)
Há precisamente 35 anos, o mundo da Formula 1 ficava em choque. O GP da Argentina tinha sido em si penalizador para carros e pilotos, e sabia-se do potencial do carro de Walter Wolf, desenhado por Harvey Postlethwaithe e pilotado pelo ex-piloto da Tyrrell, Jody Scheckter. Mas ninguém esperava que acabasse a corrida no lugar mais alto do pódio, batendo o Brabham Alfa-Romeo de José Carlos Pace, quie estava a dar o melhor resultado do motor italiano desde 1951.
A vitória de Scheckter em Buenos Aires fazia com que todos começassem a falar na Wolf, e fazia tambéwm com que a equipa entrasse nos anais da Formula 1, pois tinha alcançado algo que somente a Mercedes tinha feito em 1954, no GP de França. E depois da Mercedes e da Wolf, apenas a Brawn GP iria repetir a gracinha em 2009, com Jenson Button, 32 anos depois de Scheckter e a Wolf. A história completa deste Grande Prémio podem ler hoje no Portal F1.com.
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