Por fim, começou o Mundial de 2012 do WRC, e num local de onde nunca deveria ter saído: Monte Carlo. Disputado sob um piso frio e seco, onde a mistura de composto de borracha é essencial, e a concentração é máxima, Sebastien Löeb partiu para a estrada disposto a defender o título mundial contra uma armada de pilotos do calibre que vai desde o seu companheiro de equipa, o finlandês Mikko Hirvonen, até aos Ford oficiais de Jari-Matti Latvala e Petter Solberg, o Mini de Dani Sordo e até o Skoda Fabia S2000 musculado de Sebastien Ogier.
Neste primeiro dia nas classificativas de montanha dos Alpes, já houve algumas surpresas e algumas vítimas de relevo, a maior das quais é Jari-Matti Latvala, que capotou na quarta e última classificativa do dia, acabando por desistir, já que o Monte Carlo não tem o "Super Rally". Mas até ao despiste do piloto da Ford, estava a ser uma competição equilibrada, com até o finlandês a ganhar quase um minuto (52,7 segundos, na realidade) após a terceira especial do dia e a liderar com 30 segundos de vantagem no momento do seu capotamento. Para Löeb, "talvez [tenha sido] uma má escolha de pneus do Latvala tenha obrigado forçar o ritmo e a cometer um erro"...
Atrás, com o veterano Francois Delecour a dar um ar da sua graça - foi segundo na última classificativa do dia - vem o Mini de Dani Sordo, que apesar dos pequenos embates, tem conseguindo uma boa consistência nos troços, apesar de agora estar a quase um minuto de Löeb. Petter Solberg, no segundo Ford, está logo atrás, na terceira posição, enquanto que Sebastien Ogier surpreende tudo e todos com o seu quarto posto no Skoda Fabia S2000. O francês, que guiará pela Vokkswagen, está a dois minutos e 21 segundos, e tem o russo Evgueny Novikov na sua peugada, mas está a ser uma das grandes surpresas da jornada.
Mikko Hirvonen está muito para trás na sexta posição, numa toada cautelosa, enquanto que François Delecour é o sétimo no seu Ford Fiesta WRC. Pierre Campana é oitavo, na frente do Ford de Ott Tanak e do carro do sueco Per Gunnar Andersson, que fecha os pontos.
Quanto a Armindo Araújo, o dia não foi muito fácil. Um percalço matinal fê-lo sair de estrada, perdendo mais de cinco minutos à geral, mas após isso, tem vindo a incrementar o seu ritmo ao longo da tarde, fazendo com que na derradeira especial do dia, tenha conseguido o 13º tempo, logo na frente de Pierre Campana, acabando o dia na 14ª posição da geral. Em relação ao dia de hoje, o piloto luso explicou que "foi um grande desafio, muito difícil. As escolhas os pneus são muito difíceis. Estamos a aprender, cometemos um erro na manhã, mas agora não houve grandes erros", concluiu.
O rali de Monte Carlo prossegue amanhã.
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