Depois de um mês de ausência, a
Formula 1 estava por fim em paragens europeias, mais concretamente em Jarama, o
único circuito permanente que a Espanha tinha na altura. Depois da polémica com
os eventos de Montjuich, dois anos antes, a organização decidiu que Jarama
seria a casa permanente do Grande Prémio espanhol neste e nos anos seguintes.
Com a chegada da ronda europeia,
o numero de inscritos aumentou significativamente. De 22 inscritos em Long
Beach, aumentou para 31 em Jarama, com as chegadas de carros como o da Hesketh,
que inscrevia dois carros para o britânico Rupert Keegan e o austríaco Harald
Ertl. Quem também regressava ao ativo era Frank Williams, que tinha adquirido
um March e obtido o patrocinio da companhia áerea Saudia, com o belga Patrick
Néve ao volante. Arturo Merzário tinha decido montar a sua própria equipa,
adquirindo um chassis March, e outros dois chassis da mesma marca estavam
presentes, com o regressado Ian Scheckter e o britânico Brian Henton.
A BRM também estava presente, com
um carro para o veterano sueco Conny Andersson, que aos 37 anos (!) fazia a sua
estreia na categoria máxima do automobilismo. O local Emilio de Villota estava
presente, com um velho chassis McLaren M23 e por fim, o britânico David Purley,
famoso por ter tentado salvar o seu compatriota Roger Williamson, quatro anos
antes, estava presente com o seu próprio chassis, o LEC, a firma pertencente à
familia.
No final das duas sessões de
qualificação, o melhor foi o Lotus de Mário Andretti, que conseguia aqui a sua
primeira “pole-position” do ano e queria lucrar com o bom resultado da corrida
anterior, em Long Beach. Jacques Laffite era um surpreendente segundo
classificado na grelha, enquanto que a segunda fila era um monopólio da Ferrari,
com Niki Lauda era o terceiro, e Carlos Reutemann em quarto. Jody Scheckter era
quinto, no seu Wolf, seguido pelo Brabham-Alfa Romeo de John Watson. James Hunt
era sétimo, seguido pelo surpreendente Clay Regazzoni, oitavo no seu Ensign. A
fechar o “top ten” estava o segundo McLaren de Jochen Mass e o Tyrrell de
Patrick Depailler.
No domingo de manhã, durante o
“warm up”, um drama: Lauda passa por uma bossa no circuito e fratura uma das
costelas que tinha fraturado meses antes, em Nurburgring. Assim sendo, não pode
correr, deixando o seu lugar na grelha vazio. Poucas horas depois, no momento
da partida, Andretti mantêm a liderança, com Laffite atrás e Reutemann no
terceiro lugar. O francês tenhou desalojar o americano nas primeiras voltas,
mas pouco depois, um dos seus pneus começou a rolar ameaçadoramente fora do seu
lugar, e ele teve de entrar nas boxes.
Assim sendo, Reutemann herdou o
segundo lugar, mas não conseguiu desalojar Andretti do comando, sendo uma
corrida incrivelmente monótona durante esse tempo, apesar da recuperação de
Laffite. Atrás, houve mais movimento: Hunt herdou o terceiro posto, mas teve
problemas de motor e desistiu na décima volta, e Watson ficou com o lugar.
Contudo, ele sofreu um pião e caiu duas posições, atrás de Scheckter e Mass. Ia
chegar ao fim no quinto lugar, antes que o indicador de combustível cedesse na
volta 64 e encostasse à berma.
No final, e sem ser muito
incomodado, Mário Andretti conseguia a sua segunda vitória consecutiva, com
Reutemann e Scheckter a acompanhá-lo ao pódio. Nos restantes lugares pontuáveis
ficaram o McLaren de Jochen Mass, o segundo Lotus de Gunnar Nilsson e o
Brabham-Alfa Romeo de Hans-Joachim Stuck.
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