Se acharam que o Bahrein seria a unica ocasião que a Formula 1 e a politica iriam "colidir", enganem-se. Pelo menos em 2012. E diz-se isto porque no próximo dia 10 de junho, a caravana vai chegar a uma Montreal em pé de guerra há mais de quatro meses, devido a uma luta estudantil devido ao aumento das propinas. Algo de absolutamente estranho num país com fama de ser não-violento... mas real.
Explica-se em algumas linhas: o Quebec, a provincia maioritáriamente francófona do Canadá, tem as propinas mais baixas do sistema universitário canadiano, e este ano, o governo provincial decidiu implementar um aumento brutal no valor das propinas, fazendo com que os estudantes saissem à rua desde fevereiro desde ano. Até agora, estes protestaram com panelas e tachos, imitando o "cacerolazo" argentino, mas nos últimos dias, estes se tornaram violentos, pois houve cargas policiais na baixa da cidade, alegando que tinham ultrapassado o limite de ruído a determinada hora - neste caso, à noite - e houve reações violentas, com caixotes do lixo incendiados e vandalismo em lojas e automóveis por parte de elementos mais radicais.
Tal coisa não dá sinais de abrandamento, agora que estamos a cerca de doze dias do fim de semana do Grande Prémio. O lider provincial, Jean Charest, está num dilema, pois não aceita negociar com os estudantes o cancelamento ou um aumento mais suave das propinas, e arrisca a tê-los a perturbar o fim de semana da Formula 1, que normalmente costuma ser ótimo para os cofres da cidade e da província, dado que muitos dos espectadores vêm de Nova Iorque e da Costa Leste americana.
Para piorar as coisas, a rede "Anonymous", já apelou a novo boicote e ameaçou que iria "hackear" todos os sites relacionados com a Formula 1, desde o site oficial até ao da organização, passando por sites noticiosos. "Sugerimos fortemente que juntem ao nosso boicote à Formula 1 em Montreal, que não adquiram nem os bilhetes nem 'merchandising' online", afirmou um porta-voz.
Em suma, mais problemas na Formula 1, mas desta vez num local inesperado. Veremos como isto vai terminar.
é, tá bem agitado esse ano da F1 em termos políticos. é bom msm que esse tipo de coisa aconteça pra que o público possa ter ideia do ql absurdo é esse esporte. eu gosto mto, mas tem hora que num dá pra engolir. mesm aqui no Brasil chega a ser ridículo que alguém pague 800 reais pro um ingresso enquanto os indices de desigualdade continuam existindo.
ResponderEliminarmas eu gosto de pensar a f1 justamnente pela contradição q ela representa. como pode um esporte tão elitista e caro continuar a ser tão visto, mesmo em países não tão ricos? ou até essa recente inclusão de pilotos de países sem tradição no automobilismo pra mim já deixa clara a carga politica q tem na F1. é um esporte tão problemático q pra mim as discussões vão longe.
f1 é contraditória mesmo. e esse ano tá tudo vindo à tona. o q acho ótimo, pq sempre tem uns q falam q 'é só esporte, não existe politica'. o que é uma grande mentira. e esses protestos deveriam servir pra que o público visse o quão absurdo é manter um esporte caro e elitista como a F1 em países pobres ou com outros problemas, como o bahrein. além disso, todo o consumismo q a F1 representa hj, pra mim, deixa mto claro q é um esporte tomado pela politica. a inclusão de pilotos da india num é uma coisa de 'circunstancia', ou de talento. tem mto mais aí. ou memso a vidna do maldonado. enfim, f1 é um rolê que dá mat conversa.
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