As expectativas estavam altas em Montreal, depois da qualificação de ontem, onde Sebastian Vettel conseguiu ser melhor do que Lewis Hamilton e Fernando Alonso, numa sessão onde as diferenças foram extremamente curtas. Esperava-se uma luta titânica entre estes três pilotos, e ainda por um fim de semana onde não se esperava que o tempo canadiano fizesse uma das suas, adquirindo contornos ainda mais loucos neste Grande prémio do Canadá, que já ganhou fama de ser pouco aborrecido.
De facto, as condições eram as típicas de um verão qualquer: sol e calor. Nesta manhã, a grande novidade tinha sido a troca de caixa de velocidades de Pastor Maldonado, que o fez perder mais cinco lugares, colocando-o na 22ª posição da grelha, entre os Marussia, colocando-o mais distante de Bruno Senna.
A largada foi limpa, sem incidentes de maior, e nas voltas seguintes, a unica novidade foi Felipe Massa a conseguir passar Nico Rosberg. Pouco depois, foi a vez de Paul di Resta a fazer o mesmo. Na frente, Vettel estava a afastar-se da concorrência, graças aos pneus super-moles. Mas na volta seis, Massa perdeu a tração e fez um pião, perdendo posições. Na frente, tudo calmo, enquanto que a batalha acontecia pelo quinto lugar, com Paul di Resta na frente de Nico Rosberg e Romain Grosjean. Todos estavam a ver os pneus e como estavam a comportar.
E o primeiro a parar foi... Massa. Colocou pneus moles e voltou rapidamente para a pista, esperando que estes aguentassem até ao fim. A seguir, vieram Paul di Resta e Michael Schumacher, quase ao mesmo tempo que Kimi Raikkonen passava Jenson Button, que nesta corrida continuava a sua sequência irreconhecível. Na volta 16, Hamilton começava a ameaçar Vettel, com Alonso a observar. Mas a batalha foi abortada na volta 17, quando Vettel foi às boxes. Na volta seguinte foi Hamilton e apesar de não ser uma paragem perfeita, deu para passar Vettel. Mas imediatamente depois, o alemão pressionou fortemente o britânico. Pouco depois, na volta 19, foi a vez de Alonso, e ele conseguiu passar quer Hamilton, quer Vettel. Com os três juntos, Hamilton passou no final da volta, graças ao DRS.
Os três andaram juntos, embora sem conseguirem passar, com Hamilton a afastar-se um pouco, graças à melhor eficácia dos seus pneus. Depois, as coisas acalmaram-se, chegando ao ponto do aborrecimento. Atrás, havia algumas coisas interessantes, como as corridas de Kimi Raikkonen e Sergio Perez, este a subir mais de dez lugares, para chegar ao quinto posto. Ambos só foram trocar de pneus a maio da corrida. E Felipe Massa, depois do despista nas voltas iniciais, paulatinamente recuperava posições, chegando ao sexto lugar.
Na volta 45, há ação na pista com o despiste de Michael Schumacher. E pouco depois, o seu DRS fica encravado na reta, obrigando a ir para as boxes e a abandonar pela quinta vez em sete corridas. Cinco voltas depois, Hamilton para nas boxes para a sua segunda paragem. Esta não foi brilhante e o britânco foi atrás dos dois primeiros, para os apanhar. Atrás, havia uma luta pelo quinto posto, desde o Ferrari de Massa para o Sauber de Perez e o Mercedes de Nico Rosberg.
Nas voltas finais, os três juntaram-se, com Hamilton com pneus mais frescos, partindo em cima de Vettel. O britânico passou o alemão na volta 62 e logo a seguir, partiu ao ataque à liderança de Alonso. Na volta 65, Hamilton conseguiu apanhar o piloto da Ferrari e depois de algumas tentativas, chegou ao comando. Para piorar as coisas, os pneus do piloto espanhol começaram a degradar-se completamente, começando-se a ser assediado por Romain Grosjean, o terceiro, depois da paragem de Sebastian Vettel.
No final, Lewis Hamilton tornou-se no sétimo vencedor em sete corridas, com um pódio relativamente inédito, com o segundo lugar de Romain Grosjean - o seu melhor lugar de sempre - e o terceiro lugar de Sergio Perez, conseguindo um excelente resultado numa excelente corrida. Alonso acabou na quinta posição, apesar da degradação dos pneus, mas os dez pontos conseguidos nessa corrida lhe serviram para se manter nos lugares da frente.
No pódio, Hamilton exultava, perante o olhar de Nicole Scherzinger, pois agora, para além da vitória, era agora o novo líder do Mundial de Pilotos, num campeonato de 2012 que está equilibradíssimo. E nunca o recorde de onze pilotos diferentes, establecido em 1982, pareceu tão ameaçado como agora, pois a procissão ainda nem está a metade...
Dá pra chegar a 10 vencedores fácil fácil: Kimi, Grosjean e Perez. A partir daí, é preciso um pouco de boa vontade. Schumacher? Massa? Kobayashi?
ResponderEliminarAcho improvável. Minha aposta: terminaremos com 10.