Com três semanas de espaço no calendario entre Mónaco e Detroit, devido à ausência do circuito canadiano de Montreal - devido a profundas obras de remodelação - a Formula 1 só ia ao continente americano por duas vezes, sendo que a segunda passagem, para correr no México, só aconteceria mais lá para o final da época. Sem alterações no pelotão em termos de pilotos inscritos, a batalha nas duas sessões de qualificação foi entre os carros com motores Honda, apesar de este ser um circuito sinuoso e as diferenças entre os primeiros serem um pouco mais esbatidas.
E no final, Nigel Mansell foi o melhor, superando o Lotus-Honda de Ayrton Senna. Na segunda fila ficou o segundo Williams de Nelson Piquet, seguido pelo Benetton de Thierry Boutsen. Alain Prost, no seu McLaren-TAG Porsche, era o quinto na grelha, segundo pelo Arrows-Megatron de Eddie Cheever. Michele Alboreto, no seu Ferrari, largaria do sétimo posto, na frente do segundo Benetton de Teo Fabi. A fechar o "top ten" estava o Brabham-BMW de Riccardo Patrese e o segundo Arrows-Megatron de Derek Warwick.
Contudo, o piloto americano estava a ser pressionado pelo Benetton de Fabi e na volta sete, o italiano tentou ultrapassá-lo numa manobra que correu mal. O piloto da Benetton arrancou-lhe o nariz, enquanto que o o da Arrows acabou nas boxes, para novos pneus. Cheever voltou à pista com uma volta de atraso, mas no caso de Fabi, os estragos foram demasiadamente grandes para ele continuar na corrida.
Na frente, Mansell tinha Senna na sua traseira, mas após uma travagem mal calculada, o brasileiro decidiu abrandar o seu ritmo, já que tinha mais de vinte segundos de avanço sobre Alboreto. As coisas mantiveram-se assim até à volta 25, quando a caixa de velocidades do italiano quebra e o lugar é entregue a Alain Prost. Na volta seguinte, Senna volta à carga e vai atrás de Mansell, que começa a ter problemas fisicos, pois sofria de cãimbras na sua perna direita. Abranda o ritmo, para ver se passavam as dores, e Senna aproveitou para se aproximar.
Na volta 34, Mansell vai às boxes, mas a sua paragem é demasiado longa - 18 segundos perdidos! - e Senna aproveita para ficar com o primeiro lugar. Ainda por cima, na mesma volta, Prost também vai para as boxes. Na frente, Senna realizava que o seu jogo de pneus era melhor do que esperava, e decidiu não parar até ao fim.
Mansell voltara à pista, mas estava a ficar exausto. Pensou varias vezes em desistir, mas decidiu continuar, mesmo sabendo que estava a perder tempo em pista. Atrás, Piquet recuperava posições atrás de posições, e na volta 53, chegou-se ao pé de Mansell e ficou com o segundo posto. Pouco depois, Prost fez-lhe a mesma coisa, e na volta 56, foi a vez do Ferrari de Gerhard Berger ficar com o quarto posto.
Nas voltas finais, os céus ficaram cinzentos e ameaçavam chuva, mas não o suficiente para baralhar a classificação. Assim, Senna vencia pela segunda vez consecutiva na temporada, seguido por Nelson Piquet e Alain Prost. Gerhard Berger era o quarto, seguido por Nigel Mansell - que apesar dos problemas fisicos, chegara ao fim - e o Arrows de Eddie Cheever, que apesar de ter ficado sem gasolina na última volta, conseguira o último ponto disponivel.
Última vitória da Lotus...
ResponderEliminarA olhar está foto, são dez títulos mundias no pódio.
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