Lewis Hamilton e a McLaren estavam em dívida desde Barcelona, quando ele conseguiu a pole-position apenas retirado para o Williams de Pastor Maldonado por causa do tempo ter sido feito sob bandeiras amarelas. Pois bem, demorou cinco corridas mas conseguiu: Hamilton, que sempre foi o melhor no Hungaroring, acabou a qualificação na "pole-position", superando por 418 centésimos o Lotus de Romain Grosjean. E por fim, a McLaren podia dizer com toda a propriedade que tinha alcançado a 150ª pole-position da sua história, depois da "falsa partida" de Barcelona.
No final dessa qualificação, o seu setimento era de regozijo: “É fantástico ver que as evoluções aerodinâmicas estão a funcionar e que conseguimos colocar o carro no nível em que está este fim de semana”, começou por referir. “Não estamos a dizer que estamos descontraídos, mas correu tudo bem”, acrescentou.
Mas para que se chegasse a esta conclusão, o filme da qualificação começou com a Q1 e os melhores a serem britânicos: os McLaren de Lewis Hamilton e Jenson Button, mais o Force India de Paul di Resta. Atrás, para além dos três do costume, o piloto a quem lhe saiu a "fava" desta Q1 foi o Toro Rosso de Daniel Ricciardo. Mas foi por pouco que os Red Bull iriam acompanhar essa gente toda, pois Mark Webber foi 15º e Sebastian Vettel era apenas o 17º na grelha, o que deixava de mostrar as grandes dificuldades que eles estavam a ter na qualificação húngara.
Assim sendo, as expectativas para a Q2 iriam ser altas, e no final, claro, havia algumas surpresas: do lado mau, a eliminação de Mark Webber (11º), a de Nico Rosberg (13º) e ainda pior, a de Michael Schumacher, o 17º, e a confirmar que a Mercedes teve uma má qualificação. Do lado bom, as Williams de Pastor Maldonado e Bruno Senna, que pela primeira vez nesta temporada, conseguiam entrar na Q3, e Sebastien Vettel, que se esforçou e colocou o seu carro por lá. E Felipe Massa também se esforçou e colocou dois Ferrari na Q3 pela segunda vez no ano.
Assim sendo, para a parte final, as expectativas andavam altas, embora todos soubessem que de uma certa forma, os McLaren estavam num dia bom. E assim foi, apesar da boa surpresa que foi Romain Grosjean. Será que ele aceitou as liçoes de condução de Jackie Stewart? Sebastian Vettel foi o terceiro, na frente de Jenson Button. Apesar deste quarto posto, isso significa também que no conjunto dos resultados, os McLaren estiveram melhores do que a Lotus, que colocou Kimi Raikkonen no quinto posto.
Mas a Q3 mostrou-nos mais duas equipas que colocaram os seus pilotos no "top ten": a Ferrari, que colocou Fernando Alonso no sexto posto, um lugar à frente de Felipe Massa, e na Williams, com Pastor Maldonado a ser oitavo, um lugar na frente de Bruno Senna. Nico Hulkenberg fechou o "top ten".
Assim sendo, parece que a McLaren confirmou neste fim de semana húngaro que está de volta aos lugares da frente. Mas as coisas, amanhã, na corrida, podem ser completamente diferentes, como Hamilton avisou na conferência de imprensa após a qualificação: “Não há nenhum segredo para a corrida de amanhã, é igual para todos. Temos de manter a calma e gerir os pneus. A estratégia de pneus será importante amanhã e a degradação será interessante de seguir. Sabemos que os Lotus são rápidos em séries longas, tal como a Red Bull, pelo que temos de manter a concentração”, referiu.
Veremos, porque prevê-se chuva para amanhã.
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