terça-feira, 3 de julho de 2012

GP Memória - França 1977

Duas semanas depois da vitória de Jacques Laffite em Anderstorp, havia altas expectativas em relação aos pilotos locais quando o pelotão da Formula 1 regressou ao circuito de Dijon-Prenois, palco desse ano do GP de França. Tinha havido uma pequena modificação do circuito, alongado em mais cinco centenas de metros, pois com o perímetro original, os pilotos faziam tempos inferiores a um minuto.

Se havia altas expectativas em relação à Ligier e a Laffite, esperava-se também que a Renault fizesse a sua aparição em Dijon, com o seu motor Turbo, mas a marca decidiu que não estava pronta e adiou a sua estreia para a corrida seguinte, na pista britânica de Silverstone.

A organização francesa decidiu que apenas 22 carros é que entrariam no Grande Prémio, dos 30 que estavam inscritos. A grande novidade em termos de inscrições era na Surtees que colocava um  terceiro chassis para Patrick Tambay, ao lado do australiano Larry Perkins e do italiano Vittorio Brambilla.


Após as duas sessões de qualificação, o melhor fora - pela terceira vez consecutiva - o Lotus de Mário Andretti. Ao seu lado estava o McLaren de James Hunt. Na segunda fila estavam o segundo Lotus de Gunnar Nilsson, seguido pelo Brabham-Alfa Romeo de John Watson. Jacques Laffite, no seu Ligier-Matra, era o quinto da grelha, seguido pelo Ferrari de Carlos Reutemann. O segundo McLaren de Jochen Mass era o sétimo, seguido pelo Wolf de Jody Scheckter. A fechar o "top ten" estava o segundo Ferrari de Niki Lauda e o Shadow de Alan Jones.


Oito pilotos acabaram por não conseguir a qualificação: os March de Alex Dias Ribeiro e de Patrick Néve - este inscrito por Frank Williams - os Surtees de Larry Perkins e de Patrick Tambay, o McLaren privado do americano Brett Lunger, os Hesketh de Harald Ertl e Hector Rebaque e o BRM do sueco Conny Andersson


A partida começa com Andretti a largar mal, sendo superado por Hunt, Watson e Laffite. O britânico da Brabham começou a pressionar Hunt pela liderança e conseguiu passar para o comando na quinta volta. A partir de então, Hunt começa a ser pressionado por Andretti pelo segundo lugar, algo que conseguiu no final da 17ª volta.


A partir dali, o americano começou a aproximar e a pressionar o piloto da Brabham. E também foi a partir dali que começou o duelo entre os dois pilotos. Andretti espreitou, sempre que pôde, por um qualquer erro de Watson, mas este não cedia nem cometia erros. Com o passar das voltas, parecia que o piloto da Brabham iria levar a melhor.


Contudo, à medida que se aproximava da meta, a capacidade de cometer erros era maior. Mas foi na última volta que tudo aconteceu: o Brabham começou a falhar devido à pouca gasolina e a três curvas do fim, Andretti aproveitou a oportunidade para o passar à liderança. Watson não teve oportunidade para reagir e o americano venceu pela terceira vez no ano, com Watson na segunda posição. James Hunt ficou com o lugar mais baixo do pódio, e nos restantes lugares pontuáveis ficaram o segundo Lotus de Gunnar Nilsson e os dois Ferrari de Niki Lauda e de Carlos Reutemann.

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