segunda-feira, 27 de agosto de 2012

GP Memória - Canadá 1967

A Formula 1, nessa temporada de 1967, fazia a sua primeira viagem de sempre ao Canadá, mais concretamente ao circuito de Mosport, situado nos arredores de Toronto. O pretexto era para celebrar o centenário da formação do país, que para isso tinha decidido fazer e receber vários eventos monumentais como a Exposição Universal, em Montreal. A corrida de Mosport, caso viesse a ser bem sucedida, seria o pontapé de saída para mais visitas da Formula 1 à parte norte da América, e eventualmente, alargar as corridas fora da Europa para quatro, pois para além das corridas americanas, tinha ainda a prova que se realizava na Africa do Sul.

No pelotão da Formula 1, havia novidades: Bruce McLaren tinha pronto o seu novo carro, o M5A, e deixou de usar o carro da Eagle, e assim Dan Gurney entregou um dos chassis ao piloto local Al Pease. Outro piloto local, Eppie Witzes, iria guiar um Lotus oficial, mas emprestado à Comstock Racing. Na Cooper, Pedro Rodriguez estava fora de combate, pois recuperava de uma fratura numa das pernas  após um acidente numa prova de Formula 2 em Enna-Pergusa. O seu substituto era o britânico Richard Attwood. E por esta altura, o pelotão da Formula 1 já sabia do acidente mortal de outro britânico, Bob Anderson, que tinha ocorrido treze dias antes, quando testava o seu Brabham em Silverstone.

Na lista de inscritos havia mais dois pilotos, ambos americanos: Tom Jones (não o cantor) e Mike Fisher. Jones guiava um Cooper, enquanto que Fisher tinha um Lotus 33. A Honda primava-se pela ausência, pois decidira ficar na Europa para desenvolver o seu carro com John Surtees.

Após as duas sessões de treinos, o melhor foram os Lotus, com Jim Clark a levar a melhor sobre Graham Hill. Dennis Hulme era o terceiro, seguido do seu compatriota Chris Amon, no seu Ferrari. Dan Gurney era o quinto, no seu Eagle, seguido por Bruce McLaren. Jack Brabham era apenas sétimo, no seu carro, na frente do Cooper-Maserati de Jochen Rindt. A fechar o "top ten" ficaram os BRM de Jackie Stewart e Mike Spence.

O dia da corrida tinha começado com muita chuva, com Clark a partir na liderança, seguido por Hulme. Hill era terceiro e Brabham tinha partido bem para ficar com o quarto posto. Nas cinco voltas seguintes, os Brabham superaram os Lotus, com Hulme a ficar com o comando e Brabham com o terceiro posto. Atrás, McLaren tem um carro adequado às condições do tempo e vai subindo  de posições. É quarto na 11ªa volta, passando Hill e duas voltas depois, supera Brabham. Na 22ª volta, passa Clark e está na segunda posição, surpreendendo toda a gente.

Mas a partir daí, a pista começa a secar e McLaren perde posições para Clark e Brabham. O escocês começou a aumentar o ritmo até apanhar Hulme. Na volta 58, passa para o comando e pensava que estava a caminho da vitória. Por essa altura, começou a chover de novo, mas o escocês aguentou os ataques de Brabham, que tinha passado Hulme para o segundo lugar.

Na volta 68, uma falha na ignição fez calar o motor de Clark, acabando por desistir. O comando caiu no colo de Brabham e foi assim até à meta, cruzando-a no primeiro lugar e dando uma dobradinha à sua equipa, pois Dennis Hulme foi o segundo. Dan Gurney completou o pódio, com o seu Eagle, enquanto que nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Lotus de Graham Hill, o BRM de Mike Spence e o Ferrari de Chris Amon.

1 comentário:

  1. Belo cartaz...belas imagens... do tempo que os macacões não eram feitos de Nomex...mas de Coragem.
    abraço

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