A temporada de 1980 começa com esperanças, pois o modelo BT49 era simplesmente melhor do que os anteriores, para além de voltarem ao motor Cosworth, quatro temporadas depois de terem andado a sofrer com os motores flat-12 da Alfa Romeo. Na Argentina consegue o seu primeiro pódio, terminando no segundo lugar, atrás de Alan Jones, mas vai ser em Long Beach, palco da quarta prova do ano, que Piquet tem o seu fim de semana de sonho, ao fazer a pole-position, liderar todas as voltas da corrida e acabar por vencer, com 40 segundos de vantagem sobre Riccardo Patrese, no seu Arrows.
No pódio, vê também Emerson Fittipaldi, que tinha vindo do último lugar da grelha para conseguir um merecido terceiro lugar. Abraçam-se e fica no ar a sensação de que esta a ser transmitido o testemunho do sucesso dos brasileiros em pista. A realidade viria a demonstrar isso, mas até lá, Piquet tinha de aproveitar a oportunidade de titulo que a equipa dava. Ao longo da época, foi regular, mas as suas vitórias em Zandvoort e Imola, palco do GP de Itália, o colocavam na rota do título, contra o Williams de Jones. À chegada ao GP do Canadá, Piquet estava um ponto à frente de Jones, e quando fez a pole-position, parecia que estava no caminho certo do campeonato.
Só que na partida, uma carambola na primeira curva, quando Jones empurrou Piquet para fora da pista, causando confusão atrás de si, faz com que o brasileiro usasse o carro de reserva. Que tinha um motor de qualificação, do qual apesar de ser veloz, não iria ser durável. Na segunda partida, apesar de Piquet ter partido como uma bala, só iria durar 23 voltas, quando o motor que lá estava montado explodiu. Jones venceu e ficou com o campeonato, que o confirmou em Watkins Glen.
Piquet e a Brabham lamberam as feridas, mas estavam dispostos a ganhar em 1981. Começaram bem o campeonato com um terceiro lugar em Long Beach e depois duas vitórias seguidas, na Argentina e em San Marino, colocando-se no segundo lugar, atrás do Williams de Carlos Reutemann. Mas Piquet só voltaria a vencer na Alemanha e a sua regularidade na segunda metade do campeoanto é que permitiu que chegasse a Las Vegas, palco da última corrida do ano, com hipóteses de vencer o título. Para o brasileiro, bastaria pontuar e Reutemann não, para ele poder comemorar o seu título.
As coisas não tinham começado muito bem, quando o argentino tinha feito a pole-position. Para piorar as coisas, o brasileiro tinha se lesionado nas costelas e corria debaixo de dores. Mas depois, a sorte ficou ao seu lado, quando conseguiu um lugar nos pontos e via Reutemann a afundar-se na classificação devido a problemas na sua caixa de velocidades. No final da corrida, Piquet era quinto e Reutemann apenas oitavo. O título era seu por um ponto, e a profecia de David Simms era cumprida, no prazo estabelecido por ele.
Em 1982, há mudanças: a Brabham assina um acordo com a alemã BMW para lhe fornecer motores Turbo, mas após um mau começo na Africa do Sul, trocam para os motores Cosworth nas três corridas seguintes. Piquet vence no Brasil, mas depois descobriu-se que o carro tinha lastro, que o fazia correr mais leve do permitido pelos regulamentos. Resultado final, ele foi desclassificado.
Passadas três corridas, os motores BMW voltaram no Mónaco, e ele venceu no Canadá, depois de uma semana antes, em Detroit, passar pelo vexame de não conseguir a qualificação. A partir do meio da temporada, a equipa decidiu experimentar os reabastecimentos, e numa dessas tentativas, na Alemanha, foi abalroado pelo ATS do chileno Eliseo Salazar, no qual acabou à luta, perante as câmaras de todo o mundo. No final da temporada, recolheu apenas vinte pontos.
Em 1983, com os motores turbo em força e com o fim do efeito-solo, Gordon Murray desenhou aquele chassis que viria a ser chamado de BT52. Piquet deu-se bem logo no inicio da temporada, vencendo no Brasil. Em luta contra o Renault de Alain Prost, teve um abaixar de forma a meio da temporada, quando ele venceu corridas que o colocou, após o GP da Austria, com 14 pontos de atraso perante o francês.
Contudo, a segunda parte do campeonato foi de sonho, quando se estreou a versão B do BT52. Piquet conseguiu cinco pódios em sete corridas, venceu em Monza e Brands Hatch, palco do GP da Europa, e na prova final, no circuito sul-africano de Kyalami, o brasileiro viu o seu rival Alain Prost desistir com um problema de motor, ficando ele com o título mundial, apesar de ter terminado a corrida sul-africana na terceira posição. Aos 31 anos, e na quinta temporada na Brabham, o bicampeonato era seu.
(continua amanhã)
Em 1982, há mudanças: a Brabham assina um acordo com a alemã BMW para lhe fornecer motores Turbo, mas após um mau começo na Africa do Sul, trocam para os motores Cosworth nas três corridas seguintes. Piquet vence no Brasil, mas depois descobriu-se que o carro tinha lastro, que o fazia correr mais leve do permitido pelos regulamentos. Resultado final, ele foi desclassificado.
Passadas três corridas, os motores BMW voltaram no Mónaco, e ele venceu no Canadá, depois de uma semana antes, em Detroit, passar pelo vexame de não conseguir a qualificação. A partir do meio da temporada, a equipa decidiu experimentar os reabastecimentos, e numa dessas tentativas, na Alemanha, foi abalroado pelo ATS do chileno Eliseo Salazar, no qual acabou à luta, perante as câmaras de todo o mundo. No final da temporada, recolheu apenas vinte pontos.
Em 1983, com os motores turbo em força e com o fim do efeito-solo, Gordon Murray desenhou aquele chassis que viria a ser chamado de BT52. Piquet deu-se bem logo no inicio da temporada, vencendo no Brasil. Em luta contra o Renault de Alain Prost, teve um abaixar de forma a meio da temporada, quando ele venceu corridas que o colocou, após o GP da Austria, com 14 pontos de atraso perante o francês.
Contudo, a segunda parte do campeonato foi de sonho, quando se estreou a versão B do BT52. Piquet conseguiu cinco pódios em sete corridas, venceu em Monza e Brands Hatch, palco do GP da Europa, e na prova final, no circuito sul-africano de Kyalami, o brasileiro viu o seu rival Alain Prost desistir com um problema de motor, ficando ele com o título mundial, apesar de ter terminado a corrida sul-africana na terceira posição. Aos 31 anos, e na quinta temporada na Brabham, o bicampeonato era seu.
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