Antonio Felix da Costa fez esta sexta-feira 21 anos, e vive o melhor tempo da sua carreira. Desde que entrou no programa de jovens talentos da Red Bull, em junho, que o seu talento floresceu: três vitórias, cinco pódios e cinco voltas mais rápidas, contabilizando desde o fim de semana de Valencia, altura em que se oficializou o seu contrato com a marca austriaca de bebidas energéticas. Para além disso, desde que entrou na World Series by Renault, a meio da época, na Arden Caterham, Felix da Costa já conseguiu um pódio e uma volta mais rapida, ambos em Silverstone, e o "top ten" na classificação não é uma ilusão, apesar de ter chegado a meio da temporada.
Este fim de semana, em Spa-Francochamps, conseguiu mostrar a sua velocidade e consistência nas duas corridas do campeonato da GP3. Dois pódios, ambos no segundo lugar, e duas voltas mais rápidas, para além dos elogios da critica, mostram o que foi este fim de semana de aniversário para o piloto português.
“Foi uma corrida dura, de muita concentração, pois o Evans defendeu com muita garra e até algo agressivo e quando finalmente consegui passá-lo, já estava longe dos três primeiros. O carro estava muito equilibrado e efetuei várias voltas mais rápidas para os alcançar, depois passei para segundo onde vim a terminar.”, começou por dizer no final da segunda corrida do fim de semana belga.
“Foi mais um grande fim de semana, que dedico à equipa Carlin, pois efetuou um excelente trabalho. Falta apenas uma corrida para terminar o campeonato e a verdade é que estou agora em melhor posição para lutar pelo título, mas continuo a entrar em pista com o mesmo objetivo de sempre; vencer corridas, depois logo se verá se saio de Monza com o título ou não”, concluiu.
Os resultados de Spa-Francochamps reforçaram sem qualquer tipo de dúvida sua candidatura ao titulo. Está agora a 21,5 pontos de Mitch Evans, mas o piloto de Cascais tem de estar no pódio nas duas corridas de Monza, este final de semana, e esperar que o neozelandês tenha um fim de semana de pesadelo.
De facto, a pressão está no lado do piloto da MW Arden, mas as hipóteses são diminutas, da ordem dos 30 por cento. Felix da Costa teve a desvantagem de ter tido um péssimo fim de semana na Alemanha, onde não marcou qualquer ponto, mas depois foi sempre a subir, com quatro pódios, duas vitórias e quatro voltas mais rápidas, e cada uma delas vale dois pontos, ou seja, conseguiu oito preciosos pontos que valem muito nesta reta final do campeonato.
Desconheço como é que o campeonato vai acabar, mas esta está a ser uma ponta final de sonho, pois a consistência do piloto de Cascais é incrível. Confesso que demonstrava céticismo em relação às suas performances ao serviço da Red Bull, chegando a escrever no final de junho que era um "pacto com o Diabo", mas parece que nestes últimos dois meses, sempre com corridas em todos os fins de semana, excepto as três semanas de férias em agosto, que não está a acusar a pressão. Mas uma coisa são as corridas de promoção como a GP3 e a World Series by Renault, outra coisa será, por exemplo, se chegar à Formula 1 ao serviço da Toro Rosso.
Pelo andar da carruagem, suspeito em algures a meio de 2013, ele estará a bordo de um desses carros, ao lado de Romain Grosjean, Pastor Maldonado ou Felipe Massa. E ando a ser conservador.
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