Uma semana depois da histórica vitória de Alain Prost, no Estoril, máquinas e pilotos tinham-se deslocado para o sul de Espanha, mais concretamente o circuito de Jerez de La Frontera, para disputarem o GP de Espanha, que nesse ano tinha-se deslocado de abril, onde tinha ocorrido a corrida do ano anterior, para setembro, uma semana depois da corrida portuguesa, para evitar viagens desnecessárias.
A grande novidade no pelotão era a reaparição da Coloni, com um carro para Nicola Larini, enquanto que a Osella mantinha um segundo carro para o suiço Franco Forini. Assim sendo, o pelotão estava alargado para 28 carros, logo, dois iria ficar de fora após as qualificações.
Após as duas sessões de qualificação, os Williams levaram a melhor, com Nelson Piquet a fazer a pole-position, no seu carro com suspensão ativa, tendo a seu lado o britânico Nigel Mansell. A seguir, vieram os Ferrari de Gerhard Berger e Michele Alboreto, com Ayrton Senna a ser o quinto classificado, na frente do Benetton de Teo Fabi. Alain Prost, que tinha vencido sete dias antes no Estoril a sua 28ª vitória da sua carreira, era o sétimo na grelha, seguido por Thierry Boutsen, no segundo Benetton. A fechar o "top ten" estavam os Brabham de Riccardo Patrese e Andrea de Cesaris.
Os dois azarados nesta qualificação foram os Osellas-Alfa Romeo de Alex Caffi e Franco Forini.
A corrida começou com Piquet na frente, mas no final da primeira volta, quando ambos os pilotos chegavam à última curva antes da meta, Mansell faz uma manobra de ultrapassagem e é bem sucedido. A partir dali, o britânico começou a afastar-se, sem que o seu companheiro ou os outros pilotos o pudessem alcançar. Senna era o terceiro, seguido pelos dois Ferraris e pelo Benetton de Boutsen.
As coisas não se alteram até às paragens nas boxes, onde Mansell foi o mais veloz e Piquet foi vítima de uma paragem mais lenta, e quando regressou à pista estava no quarto lugar, atrás de Senna e Prost. Senna tinha decidido ir até ao fim com um só jogo de pneus, mas mais perto do final da corrida viu que os pneus tinham se degradado mais rapidamente do que o previsto e foi caindo na classificação geral, sendo superado por Prost e Piquet.
Piquet pensava que iria ficar com o segundo lugar, mas na volta 62, comete um erro e sai da pista, do qual envolve acidentalmente o Benetton de Thierry Boutsen. O belga acaba por desistir, enquanto que o brasileiro volta à pista, mas perde lugares a favor de Prost e do outro McLaren de Stefan Johansson.
No final, sem oposição Mansell vencia e aquecia um pouco mais a lute pelo título mundial, pois agora ficava a 18 pontos de Piquet e passando Senna na classificação. Alain Prost foi o segundo, seguido por Stefan Johansson , ambos em McLaren, enquanto que nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Williams de Nelson Piquet, o Lotus de Ayrton Senna e o Lola de Philippe Alliot, conseguindo aqui o seu primeiro ponto da sua carreira.
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