Quinze dias depois de terem corrido em Monza, máquinas e pilotos rumavam para Portugal no sentido de correrem a antepenultima prova do ano, a última em solo europeu. A grande novidade no pelotão da Formula 1 era a ausência da equipa Fondmetal, que tinha ficado sem dinheiro e decidido fechar as portas, deixando Gabriele Tarquini e Eric Van de Poele sem volante. Assim, alinhariam apenas 26 carros fazendo que todos participassem na corrida.
Na qualificação, os Williams monopolizaram a primeira fila da grelha, com Nigel Mansell a ser melhor do que Riccardo Patrese, enquanto que na segunda linha, o monopólio era da McLaren, com Ayrton Senna e ser melhor do que Gerhard Berger. A terceira linha era outro monopólio, os Benetton de Michael Schumacher e Martin Brundle, enquanto que na quarta fila estavam o Lotus de Mika Hakkinen e o Footwork-Arrows de Michele Alboreto. A fechar o "top ten" estavam o segundo Lotus de Johnny Herbert e o Ferrari de Jean Alesi.
Antes de começar a corrida, Michael Schumacher teve problemas em ligar o seu Benetton para a volta de aquecimento e acabou por largar das boxes. Quando aconteceu, Mansell pulou para a frente, com Patrese no segundo posto, seguido pelos dois McLaren. Mansell começou a afastar-se, enquanto que Patrese lidava com Senna e Berger, mas estes não os incomodava muito. Contudo, quando ia fazer a primeira paragem, um dos mecânicos atrapalhou-se com a troca e o italiano saiu atrás dos McLaren.
Ele decidiu aumentar o ritmo e tinha conseguido ficar atrás de Berger quando este foi fazer a sua paragem nas boxes. Contudo, esqueceu de sinalizar isso ao piloto da Williams e quando reparou, já estava a ser catapultado pelo carro do austriaco, indo pelo ar e caindo com estrondo no chão, arrastando-se pelo muro de proteção por mais de cem metros. Patrese saiu incólume e Berger não teve estragos, podendo continuar a corrida. Apesar dos protestos da equipa no final, os comissários viram as imagens e chegaram à conclusão que foi um mero incidente de corrida.
Os destroços do carro de Patrese causaram furos em alguns pilotos, entre os quais Michael Schumacher, que teve de parar duas vezes e caiu imenso na classificação.
Na parte final da corrida, Senna começou a ter problemas com a coluna de direção e cedeu o segundo lugar a Berger. No final, e sem ser incomodado, Nigel Mansell viria a ganhar pela nona vez nesta temporada, com os McLaren de Berger e Senna a ladeá-lo no pódio. Nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Benetton de Martin Brundle, o Lotus de Mika Hakkinen e o Footwork-Arrows de Michele Alboreto.
A semana foi marcada com o aúncio oficial da contratação de Alain Prost na Williams em 1993, já que Nigel Mansell já estava apalavrado com a equipe Newman-Haas da Fórmula Indy na temporada seguinte (1993).
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