Três meses após o seu acidente, quando testava o Marussia, num aeródromo britânico, a piloto Maria de Villota deu uma entrevista à revista "Hola" para falar sobre o acidente que quase lhe custou a vida e que o fez perder o olho direito. E diz que se recorda de tudo o que se passou:
“Lembro-me de tudo, até mesmo do momento do impacto. Quando acordei, todos estavam à minha volta e ninguém sabia se eu iria falar, ou como iria falar. Comecei a falar em inglês, porque achei que estava nos exames da FIA e que o enfermeiro era um instrutor”, começou por dizer.
“Então, meu pai me disse ‘por favor, Maria, fale em espanhol, porque sua mãe não está entendendo metade das coisas’. Foi quando fiquei ciente de tudo, do que tinha acontecido, de onde eu estava e o porquê de eu estar lá”, completou.
Filha de Emilio de Villota, que tentou a sua sorte na Formula 1 nos anos 70 e 80, e atualmente com 32 anos,refere o que sentiu quando viu as cicatrizes no seu rosto: “No começo, a lesão estava coberta, então eu não podia vê-la. A primeira vez que me vi no espelho, eu tinha 140 pontos no rosto, que pareciam costurados com corda de barco. Fiquei horrorizada”, disse.
E três meses depois do acidente, revela que ainda sente sequelas: “Tenho dores de cabeça que ninguém sabe quanto tempo irão durar. Talvez anos. Tenho que evitar me esforçar por causa da pressão craniana. Também perdi paladar e olfato – agora, gosto das coisas com o gosto bem forte”, referiu.
De Villota, que amanhã irá dar uma conferência de imprensa em Madrid para falar sobre o acidente, revela que continua a ter dúvidas sobre se vai continuar no automobilismo. “Ainda não sei. Tudo depende da licença. Há pilotos nos Estados Unidos que perderam um olho e ainda assim têm a licença. Mas a verdade é que você perde um pouco do senso de profundidade, porque são os dois olhos que te dão perspectiva”, contou.
Incrível, mas ficou ainda mais bonita.
ResponderEliminar