Depois de Monza, a Formula 1 fazia a sua segunda travessia do Atlântico nessa temporada para efetuar as suas corridas nos Estados Unidos e no México. A primeira dessas paragens acontecia no circuto de Watkins Glen, onde máquinas e pilotos tinham à sua espera mais de 80 mil pessoas para os ver correr ao vivo e prémios monetários na ordem dos 105 mil dólares.
A grande novidade no pelotão era que a Lotus colocava um terceiro modelo 49 para o mexicano Moisés Solana para correr nas duas provas finais da temporada, substituindo Giancarlo Baghetti, enquanto que a Eagle voltava a ter apenas um carro, para Dan Gurney, depois de ter cedido um segundo carro para o italiano Ludovico Scarfiotti. Ao todo, dezoito carros alinhavam na corrida americana.
Após as duas sessões de treinos, o melhor foi Graham Hill, que conseguira bater Jim Clark na luta pelo primeiro lugar. Dan Gurney era o terceiro, seguido pelo Ferrari de Chris Amon. Jack Brabham e Dennis Hulme eram respectivamente o quinto e sexto classificado, seguido pelo terceiro Lotus de Moisés Solana. Jochen Rindt era o oitavo no seu Cooper-Maserati, e o "top ten" fechava-se com Bruce McLaren no nono lugar no seu próprio carro e o BRM de Jackie Stewart no décimo posto.
Os Lotus eram definitivamente os carros mais velozes em pista naquela temporada, mas tinham o problema da fiabilidade por resolver. Contudo, Walter Hayes, o presidente da Ford Europa e o homem que financiou o desenvolvimento do motor Cosworth com 75 mil libras, estava tão confiante que as coisas tinham-se resolvido que decidiu fazer um lançamento de moeda ao ar com Graham Hill e Jim Clark no sentido de decidir quem seria o vencedor da corrida, caso ambos estivessem nos dois primeiros lugares perto do final da corrida. Hill venceu a contenda, mas ficara prometido que iriam inverter as posições no México.
No dia da corrida, debaixo de um sol outonal, oitenta mil espectadores estavam presentes no circuito para ver se os Lotus conseguiriam mostrar em corrida aquilo que tinham mostrado nos treinos. Na largada, Hill manteve a liderança de Clark e Gurney, mas na segunda volta, o piloto da Eagle passou Clark e foi em perseguição a Hill.
Contudo, na décima volta, Clark conseguiu recuperar o segundo lugar de Gurney e foi atrás de Hill, enquanto que atrás, os Brabham eram ameaçados pelo Ferrari de Amon. Aos poucos, o neozelandês apanhou Brabham e depois Hulme, para ficar com o quarto posto. Que se converteu em terceiro, quando Gurney abandona com um braço da suspensão partida.
A partir dali, Amon começou a aproximar-se dos Lotus, de forma algo surpreendente para os espectadores na pista. Apesar de alguns dos pilotos que os dobrava lhe dificultarem a vida, como John Surtees, no seu Honda, na volta 58. Três voltas depois, quando o motor Honda começou a ter problemas, Amon voltou à caça dos Lotus.
Nessa mesma altura, Hill começa a ter problemas com a sua embraiagem que o impede de trocar marchas, e abdica da liderança para Clark, que o passa imediatamente. Amon Passa Hill na volta 65 e parte em busca do escocês. Parecia estar bem encaminhado para o apanhar, mas na volta 76 tem problemas com a pressão do óleo e é ultrapassado por Hill, que tinha por fim conseguido engatar uma marcha. Mas Amon recupera e parte ao ataque, passando de novo Hill e estando confortavelmente no segundo lugar até à volta 95, quando o motor parte-se.
Parecia que Clark estava incólume aos problemas e iria ter uma vitória confortável, como aquela que quereria ter tido em Monza e não conseguiu. Mas a duas voltas do fim, um braço da suspensão parte-se e coloca a sua roda traseira direita numa posição periclitante. O escocês passou a guiar de forma mais cautelosa, diminuindo o ritmo no sentido de levar o carro até ao fim.
Parecia que Clark estava incólume aos problemas e iria ter uma vitória confortável, como aquela que quereria ter tido em Monza e não conseguiu. Mas a duas voltas do fim, um braço da suspensão parte-se e coloca a sua roda traseira direita numa posição periclitante. O escocês passou a guiar de forma mais cautelosa, diminuindo o ritmo no sentido de levar o carro até ao fim.
No final, mesmo com um carro "coxo", Clark aguentou e cortou a meta no primeiro lugar, seis segundos à frente de Hill. Dennis Hulme, que também tinha problemas devido à falta de combustivel, terminou em terceiro, mas a uma volta dos líderes. Nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Cooper-Maserati de Jo Siffert, a duas voltas, o carro de Jack Brabham e o segundo Cooper-Maserati de Jo Bonnier.
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