Discreta, mas firmemente, o cerco aperta-se na Alemanha contra Bernie Ecclestone. O jornal local "Suddeutsche Zeitung" escreve na sua edição de hoje que a Procuradoria de Munique já tem concluído o processo de acusação contra o patrão da Formula 1, que se envolveu no "caso Gribowsky", o caso de suborno em que o banqueiro alemão aceitou em 2002 um suborno na ordem dos 44 milhões de euros no intuito de os supervalorizar no mercado financeiro.
“O dinheiro, segundo Gribkowsky, não foi declarado pelo banco [BayernLB], simbolizando assim a fraude, visto que escapariam dos impostos cobrados pela União Europeia. Isso também é acusado pelo Supremo Tribunal de Monique, mas por enquanto o caso está correndo em segredo de estado”, segundo diz o periódico alemão.
Ecclestone, por enquanto não se pronuncia sobre este caso, mas desde há vários meses que têm evitado aparecer em solo alemão, pois teme ser detido pela procuradoria de Munique e ser submetido a interrogatório sobre este caso. Mas o promotor de 81 anos não tem deixado de sentir o seu incómodo com as investigações, quando no fim de semana começou a falar sobre a possibilidade de adiar a introdução dos motores Turbo de 1.6 litros para 2016, porque, segundo ele "não gostou do barulho dos motores". Felizmente, toda a gente topou o que ele queria dizer e fazer...
Recorde-se que no passado mês de junho, Gerhard Gribowsky foi condenado a oito anos de prisão efetiva quando o tribunal de Munique provou que ele recebeu parte dos quase 50 milhões de euros que Ecclestone lhe pagou. O próprio admitiu que pagou o suborno, mas justificou-se afirmando que tinha sido obrigado a fazê-lo "para o manter calado".
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