Passados os dois dias de testes em Abu Dhabi, o piloto português António Félix da Costa falou esta tarde, numa extensa entrevista à Autosport portuguesa, sobre o fim de semana que teve em Abu Dhabi, os testes e a sua adaptação à família da Red Bull, bem como a Mark Webber e a Sebastian Vettel: “Já conhecia várias pessoas da Red Bull, pois desde o teste aerodinâmico, o Road Show na Coreia, ou as outras duas vezes que guiei um Red Bull fui conhecendo pessoas. Mas quem foi o meu cicerone em Abu Dhabi foi mesmo o Sébastien Buémi, terceiro piloto da equipa, e uma excelente pessoa que muito me ajudou nestes dias”, começou por dizer.
“A Red Bull é mesmo uma equipa diferente no seio da Fórmula 1, pois existe um ambiente muito bom, descontraído, uma mentalidade jovem, nota-se um espírito diferente doutras equipas. Logo na quinta-feira estive com o Mark Webber e o Sebastian Vettel. O Mark já conhecia pois é manager do meu adversário na GP3 Series, o Mitch Evans. Por vezes falava comigo na brincadeira a dizer-me para andar mais devagar e deixar o piloto dele ganhar...”
“Já o Vettel, inicialmente pareceu-me algo antipático, pois pouco falou, só que depois de uma reunião onde estive presente, percebi que ele não me reconheceu logo. Depois disso veio ter comigo, pediu desculpa e disse-me que só me conhecia pelo capacete. Deu-me os parabéns pelo meu grande final de época, e revelou que o Dr. Helmut Marko está muito contente comigo, e colocou-se à disposição para qualquer coisa que precisasse. Não tinha essa ideia dele, e gostei da atitude”, referiu.
E o piloto português ainda conta uma historieta de Abu Dhabi: “No final de um dos treinos, falei com o Vettel, e sem dizer se achava se era melhor ou pior, dizia o que via dele e dos outros pilotos, para que ele soubesse o que estava a fazer comparativamente aos adversários, as diferentes linhas de abordagem, etc. Depois disso, fomos para o briefing, e aí passou-se uma história muito curiosa... Por acaso acabei por me sentar entre o Schumacher e o Vettel, e enquanto ouvíamos, comecei a sentir o Schumacher a bater-me na perna, na brincadeira. Fiquei aflito pois era o Schumacher ali ao meu lado, mas depois ele olhou, viu que era eu e riu-se, desculpando-se a dizer que pensava que era o Vettel. Foi engraçado!”, concluiu.
Antes de poder entrar no carro da Red Bull, Felix da Costa teve pelo menos três dias no simulador da marca na fábrica, onde esteve exaustivamente a trabalhar nos aspectos do "carro": “Fui para o simulador ainda na Grã-Bretanha durante três dias inteiros, das nove da manhã às cinco da tarde, parando para almoçar. Ali simula-se tudo e mais alguma coisa, desde a pista, que já conhecia, ao tipo de pneus, pontos de travagem, caixa de velocidades, KERS, simulam-se falhas no carro, arranques, sendo tudo muito real até certo ponto, claro...”
E graças às sessões no simulador, mais a sua experiência no carro da World Series by Renault (WSR) Felix da Costa teve uma adaptação rápida ao carro da Red Bull em Abu Dhabi: “Fiz o meu melhor registo dos dois dias logo ao cabo de 15 voltas e isso prova que me adaptei depressa. Até em termos físicos, foi muito melhor do que estava à espera. Fiquei a saber também que o Formula Renault 3.5 é um excelente treino para o Red Bull RB8, pois o WSR deste ano é bem melhor que o de 2011 e existem curvas que, por exemplo o WSR faz em 4,5G, o que não fica longe do F1, que faz 5,0G em zonas iguais. Claro que em mudanças de direção, travagem e aceleração não tem comparação, mas o melhor treino foi mesmo o WSR, ajudou muito.”, afirmou.
Quanto aos testes em si, apesar de não poder falar pelas outras equipas, Felix da costa afirmou que havia um plano delineado e o essencial não era fazer um tempo canhão. “Não sabemos muito bem quais foram os programas de trabalho das outras equipas, mas tendo em conta que fizemos tempos parecidos, nós e a McLaren, presumo que tenham testado em condições semelhantes a nós. Por exemplo, o mapa de motor estava de longe do máximo em termos de potencialidades, já que isto era só um teste em que o objetivo principal era testar a aerodinâmica e alguns componentes mecânicos. Quando testei com a Force India o objetivo foi alcançar tempos, e tudo foi feito nesse sentido, mas neste caso não, já que procurei cumprir o programa delineado pela equipa. Recordo que faltam ainda duas corridas para o final do campeonato, e a Red Bull está a lutar pelos títulos, pelo que nesse aspeto, nada pode falhar.”, declarou.
Contudo, reconhece que houve uma oportunidade para tal, que apenas não aconteceu devido a um problema eletrónico no carro: “Houve tempo para realizarmos um tempo ‘canhão’, mas por azar um pequeno problema eletrónico impediu-nos de ir buscar aquele segundo que tinha feito uma boa diferença. De qualquer forma, a equipa tem a telemetria e ficaram contentes com o trabalho...”, afirmou.
Quanto aos testes em si, apesar de não poder falar pelas outras equipas, Felix da costa afirmou que havia um plano delineado e o essencial não era fazer um tempo canhão. “Não sabemos muito bem quais foram os programas de trabalho das outras equipas, mas tendo em conta que fizemos tempos parecidos, nós e a McLaren, presumo que tenham testado em condições semelhantes a nós. Por exemplo, o mapa de motor estava de longe do máximo em termos de potencialidades, já que isto era só um teste em que o objetivo principal era testar a aerodinâmica e alguns componentes mecânicos. Quando testei com a Force India o objetivo foi alcançar tempos, e tudo foi feito nesse sentido, mas neste caso não, já que procurei cumprir o programa delineado pela equipa. Recordo que faltam ainda duas corridas para o final do campeonato, e a Red Bull está a lutar pelos títulos, pelo que nesse aspeto, nada pode falhar.”, declarou.
Contudo, reconhece que houve uma oportunidade para tal, que apenas não aconteceu devido a um problema eletrónico no carro: “Houve tempo para realizarmos um tempo ‘canhão’, mas por azar um pequeno problema eletrónico impediu-nos de ir buscar aquele segundo que tinha feito uma boa diferença. De qualquer forma, a equipa tem a telemetria e ficaram contentes com o trabalho...”, afirmou.
Quanto aos seus planos para o futuro, o piloto português abriu um pouco o jogo: “Não sei ainda muito bem como vai ser em 2013, pois não está garantido que faça mais um ano da World Series, embora essa seja uma situação provável. Era o que gostava, pois o carro é ótimo e o campeonato muito giro, e se a isso fosse possível juntar as sextas feiras de Fórmula 1 ainda melhor, pois penso que é importante ter um pezinho na Formula 1." começou por dizer.
"Se posso ser competitivo na Fórmula 1? Só depende de mim e as coisas são simples. Se repetir a WSR só tenho que acelerar e se tiver um ano bom, vou para a Formula 1, se não, não vou. Depende como correr o ano na WSR, onde, caso dispute o campeonato, tenho de apontar para o título. Mas não sei ainda, veremos...”.
Mas por agora, o piloto de Cascais ruma a Macau, onde vai disputar o Grande Prémio de Formula 3, tentando alcançar a vitória. “Já mudei o chip e vou lá para ganhar embora saiba que é mesmo muito difícil. Mas vou tentar...”, concluiu.
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