Com o título mundial dado a Nelson Piquet e com a ausência confirmada de Nigel Mansell, nesta última corrida da temporada, a Williams pediu nesta corrida de Adelaide à Brabham que libertasse mais cedo o seu futuro piloto, o italiano Riccardo Patrese, para correr ao lado de Piquet na Williams, o que foi acedido da parte da equipa que iria ficar ausente da Formula 1 por uma temporada. No seu lugar, a equipa trouxe o campeão de Formula 3000 daquele ano, o italiano Stefano Modena.
Na qualificação, a Ferrari queria aproveitar o seu bom momento de forma para fazer um brilharete, e assim aconteceu: Gerhard Berger conseguiu a pole-position, na frente do McLaren TAG-Porsche de Alain Prost. A segunda linha era constituida por pilotos brasileiros, com Nelson Piquet, no seu Williams-Renault, a ser mais veloz do que Ayrton Senna, no seu Lotus-Honda. O belga Thierry Boutsen era o quinto, seguido pelo segundo Ferrari de Michele Alboreto. Riccardo Patrese adaptava-se bem ao Williams-Honda, sendo o sétimo na grelha, na frente do segundo McLaren-TAG Porsche de Stefan Johansson. A fechar o "top ten" estavam o segundo Benetton de Teo Fabi e o Brabham-BMW de Andrea de Cesaris.
O Osella de Alex Caffi ficou com o 27º posto da grelha, impedindo-o de alinhar na corrida australiana.
Na partida, Piquet saltou para o comando, mas no final da reta Brabham, Berger conseguiu meter o carro de forma a recuperar a liderança, deixando Piquet, Senna e Prost logo atrás. Pelo meio, o Minardi de Alessandro Nannini sofreu um acidente e terminava ali a sua temporada. Nas voltas iniciais, parecia que as coisas iriam ser assim, mas pouco depois, Prost passa Senna e fica com o terceiro posto. Com o passar das voltas, Berger começa a afastar-se de Piquet, enquanto que Senna tentava não perder Prost de vista, mas as coisas andavam muito calmas na frente, sem grande história, numa corrida que iria ser de atrito.
O único grande momento foi a meio da corrida, quando Senna, depois de parar nas boxes para novo jogo de pneus, começou a puxar pelo carro, apanhando Alboreto e Prost na travagem para a reta da meta e passando do quarto para o segundo lugar, numa manobra bem ousada. Piquet tentou aproximar-se destes dois pilotos, e aproveitou a falha nos travões de Alain Prost, na volta 53, mas na volta 58, uma falha nos travões o colocou também fora de combate.
Na frente, Berger era inalcançável, com Senna e Alboreto logo atrás. Atrás, Patrese parecia ter o quarto lugar seguro, mas na volta 76, o seu motor explode e encosta-se à berma, fazendo com que este fique nas mãos de Boutsen.
Quando a bandeira de xadrez é mostrada, Berger era o vencedor sem contestação, seguido por Ayrton Senna e Michele Alboreto, com o Benetton de Thierry Boutsen, o Tyrrell de Jonathan Palmer e o Lola-Ford de Yannick Dalmas nos restantes lugares pontuáveis. Contudo, nas verificações, os comissários disseram que os as entradas de ar extras dos travões não eram legais e desclassificaram Senna, fazendo com que todos subissem mais um lugar, e colocando no sexto posto o AGS de Roberto Moreno, a primeira vez que quer equipa, quer piloto, chegavam aos pontos.
O francês Yannick Dalmas não teve direito aos 2 pontos, porque a equipe tinha inscrito no campeonato apenas do campatriota de Dalmas, Philippe Alliot.
ResponderEliminarA pontuação não teve benefício para posições posteriores.