Duas semanas depois de Riccardo Patrese ter vencido no Japão, máquinas e pilotos rumavam ao circuito australiano de Adelaide, que seria o palco do GP da Austrália, a prova final de um campeonato onde a Williams dominou tudo e todos, e onde Nigel Mansell, por fim, tinha conseguido o tão desejado titulo mundial. Mas nessa última corrida do ano, iria ser também a última corrida de Mansell na Formula 1, dado que ia correr para os Estados Unidos, descontente com o facto da Williams ter contratado Alain Prost para a temporada seguinte.
E também poderia ser a última corrida para Ayrton Senna, que descontente com o carro que tinha na McLaren, e com a Honda a abandonar a competição, parecia que iria ter uma batalha perdida em 1993, pois já se sabia que Alain Prost iria regressar à Formula 1 como o natural favorito à vitória na competição. E assim, já pensava fazer a mesma coisa que Prost: um ano sabático.
Sem alterações no pelotão, no final das duas sessões de qualificação, Nigel Mansell foi o melhor, seguido do McLaren de Ayrton Senna. Riccardo Patrese era o terceiro, seguido pelo segundo McLaren de Gerhard Berger. Michael Schumacher era o quinto, seguido pelo Ferrari de Jean Alesi. Andrea de Cesaris, no seu Tyrrell-Ilmor, era o sétimo, mostrando a boa forma da equipa neste final de temporada, na frente do segundo Benetton de Martin Brundle. E a fechar o "top ten" estava o Ligier de Eric Comas e o Lotus de Mika Hakkinen.
A corrida começou com Senna e Mansell na frente, e cedo, ambos os pilotos se distanciavam do resto do pelotão. Atrás, houve confusão quando Pierluigi Martini (Minardi), Olivier Grouillard (Tyrrell) e Michele Alboreto (Footwork-Arrows) se envolveram numa carambola, colocando os três carros fora de combate e um quarto ao retardador, quando Mauricio Gugelmin passou por cima de destroços que fizeram cortar o cabo de um dos travões. Isso viu-se na sétima volta, quando o piloto brasileiro ficou sem travões e bateu forte no muro. Felizmente, sem consequências.
Na frente, Mansell e Senna batiam-se pela liderança, até que no final da 17ª volta, o brasileiro travou tarde demais no gancho anterior à meta e tocou na traseira do Williams, colocando ambos os pilotos fora de combate e dando a liderança a Riccardo Patrese. Contudo, o italiano - que também estava na última corrida pela Williams - estava a ser assediado por Gerhard Berger, que também na sua última corrida pela McLaren. A meio da corrida, Berger colocou pneus novos e caiu para o terceiro lugar, atrás de Michael Schumacher.
Patrese parecia estar mais tranquilo na liderança, mas na 51ª volta, Patrese tem problemas de motor e encosta à berma, cedendo a liderança para Berger, que tinha entretanto passado Schumacher. Atrás, Brundle era terceiro, com Alesi relativamente atrás dele.
No final, Berger conseguiu a sua segunda vitória da temporada, na frente dois dois Benetton de Schumacher e Brundle. Jean Alesi foi quarto, no seu Ferrari, enquanto que nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Ligier de Thierry Boutsen e o Jordan-Yamaha de Stefano Modena. Para estes dois, seria a última vez que chegariam aos pontos, e para Modena, seria a sua última corrida na Formula 1.
O 2º lugar (6 pontos) no Grande Prêmio da Austrália de Michael Schumacher alteraria a classificação final do campeonato mundial de pilotos. O alemão terminou a temporada na 3ª posição com 53 pontos e ultrapassava o brasileiro Ayrton Senna (4ª posição com 50 pontos). Caso o piloto da Benetton número 19 tivesse vencido, ele terminaria com 57 pontos e superaria os 56 pontos do italiano Riccardo Patrese (vice-campeão da temporada).
ResponderEliminarNotas:
- 8ª vitória de Gerhard Berger na carreira;
- 99ª vitória da McLaren;
- 71ª vitória do motor Honda e
- realizaram a última prova na carreira: Stefano Modena, Maurício Gugelmin, Olivier Grouillard e Jam Lammers.