Uma das pessoas que gosto de seguir no Twitter é o jornalista americano Nick Kristof, do New York Times. Vi-o uma vez a falar na CNN e a conversa vale a pena. E no domingo e segunda-feira fartei de fazer RT (retweet) aos seus posts, pois ele estava no aeroporto internacional de Mannama, a capital do Bahrein.
A razão? Pois... não o tinham deixado entrar no pais, alegadamente, por falta de visto. Ele podia andar à vontade por lá, porque há leis no país que dispensam aos estrangeiros um pedido de visto, caso fiquem por menos de 72 horas no pais - graças ao factor "Grande Prémio" - mas aparentemente havia uma lista negra, do qual ele estava incluido, e como era óbvio, não podia entrar.
O caso que falo aqui demonstra que as coisas no Bahrein, apesar de não serem muito faladas, continuam tensas. E com sunitas (a minoria) e xiitas (a maioria) ainda não se entenderem, as coisas começam a ficar novamente preocupantes para os lados da FIA, pois a Formula 1 voltará no final de abril para mais um Grande Prémio, já que Bernie Ecclestone continua a ser teimoso e colocar o pais no calendário.
O jornal britânico "The Times" fala na edição de hoje que os representantes da FIA estão nervosos com as tensões nos últimos dias na pequena ilha do Golfo Pérsico, que ameaçam agitar de novo aquelas bandas, pois eles já sabem que o Grande Prémio poderá ser um alvo.
“Foi um desastre nas relações públicas em todos os níveis. A corrida vai ser realizada, mas você tem que saber o que vai acontecer desta vez. Os manifestantes não estavam muito organizados em abril e eles perceberam que perderam a chance de usar a corrida como uma plataforma. Desta vez, eles têm tempo de sobra para executarem seus planos. É cruzar os dedos e torcer”, disse uma fonte não identificada ao jornal.
Ainda falta muito para abril, mas vamos ser sinceros: as coisas andam assim há dois anos e parece que não existe fim à vista. Algo nos irá dizer que por essa altura, o Bahrein vai andar nas boas do mundo como em 2012. E não será pelos melhores motivos...
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