No meu circulo de amigos e amigas, tenho uma que é especialmente fanática do ciclismo, por razões familiares: um dos seus primos é profissional e graças a isso, conheceu muitos outros ciclistas, um deles um dos melhores do país, dos quais teve até uma relação amorosa. Mas também conheceu e fez amizade com muitos outros ciclistas, especialmente espanhóis que fizeram as grandes provas: Vuelta, Giro e Tour. E nas minhas conversas, acabávamos inevitavelmente a falar sobre o tema do "doping". E ela, invariavelmente me dizia isto: "Esta gente toda se dopa. Se queres ser alguém, tens de dopar. Se queres vencer alguma Volta ou prova ciclistica importante, tens de te drogar. Sem isso, não és ninguém".
A principio, achava que ela exagerava. Mas como estava mais dentro disto do que eu, tendia a acreditar no que falava, ao invés da "verdade oficial". E claro, nestas conversas também falávamos de Lance Armstrong, que na altura, ganhava "Tour" atrás de "Tour". E dizia-me que "se calhar, esse deve ser dos piores". Mas depois lhe respondia que ele era sistematicamente controlado. E a resposta lá vinha, demolidora: "Isso tudo é uma treta. Eles têm ajudas para fintar os controlos". (...)
É numa perspectiva perfeitamente pessoal que começo a falar na minha 5ª Coluna desta semana. O tema é o ciclismo e "doping", sobretudo com a história da confissão de Lance Armstrong, de que se dopava para conseguir todos aqueles títulos no Tour. E basicamente, toda a sua carreira foi construída à volta de uns artifícios e não à base de esforço. E comparo isso com o automobilismo, onde os casos de "doping" são raros, mas existem. E quando são apanhados, tem a ver com... drogas recreacionais. E falo ainda de Tomas Enge, James Hunt e Alex Zanardi.
Tudo isto e muito mais, podem ler na 5ª Coluna desta semana, a partir deste link.
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