Estamos a três semanas do GP do Bahrein, e claro, esta noticia era inevitável: os ativistas barenitas voltaram a sair à rua este domingo em protesto contra a realização do evento, que é pago - e acarinhado - pela família real. A situação, que se arrasta desde 2011, onde a maioria xiita se manifesta contra a família real, que pertence à minoria sunita, pedindo reformas constitucionais, nunca ficou totalmente acalmada, e os meios ligados à FIA temem que as coisas este ano possam piorar, dado que Bernie Ecclestone continua a insistir em levar o pelotão da Formula 1 à pequena ilha no Golfo Pérsico, a troco de 40 milhões de dólares anuais.
Sabe-se desde há algum tempo que esta insistência é altamente incómoda no pelotão da Formula 1. Com as equipas presas graças a compromissos comerciais, os mecânicos e engenheiros temem de alguma forma que haja qualquer incidente durante o fim de semana de 21 de abril, apesar das garantias do governo local em relação à sua segurança. Isto depois do que aconteceu com quatro membros da Force India, que se envolveram num incidente no ano passado, onde o carro em que se seguiam foi atingido por um "cocktail molotov".
E para piorar as coisas, isto pode ser prejudicial para a própria Formula 1 a médio prazo. Já se falou há duas semanas que a Vodafone irá deixar de patrocinar a McLaren devido aos eventos na pequena ilha do Golfo Pérsico, e provavelmente, outros poderão levar em conta o que se passará por lá para tomarem decisões semelhantes. E numa altura em que algumas equipas lutam para arranjar dinheiro para sobreviver, recorrendo aos pilotos pagantes, é complicado. Especialnente se Ecclestone não conseguir encontrar outros patrocinadores que possam substituir os que foram embora.
Veremos. O mês de abril arrisca a ser muito quente. E não só por causa das temperaturas do Golfo Pérsico...
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