terça-feira, 26 de março de 2013

The End: Giancarlo Martini (1947-2013)

Nunca correu um Grande Prémio na sua carreira, mas foi o primeiro dos Martinis a sentar-se num Formula 1, e ainda por cima num Ferrari, na última vez que Enzo Ferrari emprestou um dos seus carros para outro piloto, outra marca. Não teve grandes resultados, mas deu à Minardi a sua primeira experiência de Formula 1, nove anos antes de lá voltar com a sua própria equipa, tendo como piloto outro Martini, Pierluigi, seu sobrinho.

Pois bem, Giancarlo Martini morreu ontem aos 66 anos em Forli, vitima de cancro. Tinha mulher e três filhos. A noticia da sua morte foi até assinalada pela Scuderia, que ofereceu as suas condolências à familia do piloto.

Nascido a 16 de agosto de 1947, em Lavezzola, começou a sua carreira no karting. Em 1972, Martini cruiza-se com Giancarlo Minardi na Scuderia del Passatore, e ambos participam na Formula Itália, onde Martini acaba por vencer o seu título no ano seguinte. Passa para a Formula 2 em 1974, pela Trivellato Racing, a bordo de um March-BMW, conseguindo os seus primeiros dois pontos, em Mugello. Em 1975, continua à Formula 2 europeia, agora na Scuderia Everest (equipa que Minardi tinha renomeado) onde consegue um pódio em Truxthon, e nove pontos no total.

A página mais gloriosa da carreira de Martini foi em 1976, quando ele e Giancarlo Minardi conseguiram convencer a Ferrari a emprestar um Ferrari 312T para duas corridas extra-campeonato, a Race of Champions, em Brands Hatch, e depois a Graham Hill Memorial Trophy, em Silverstone. Na primeira corrida, conseguiu apenas o 14º tempo em 16 participantes, mas bateu no "warm up" e acabou por desistir. Em abril, em Silverstone, acabou por largar, terminando na décima posição.

Nesse ano, ele mantêm-se na Formula 2, onde consegue o título italiano e termina no sexto lugar no Europeu, com dois terceiros lugares em Pau e Rouen. Na temporada de 1978, participa na Formula Aurora, o campeonato inglês de Formula 1, onde participa em duas corridas, vencendo em Donington Park num Ensign N175.

Tudo isto, Martini, fazia sempre de modo amador, como recordava Giancarlo Minardi: "Tinha uma atitude de gentleman driver: na segunda-feira ia ao marcado fazer compras, e trabalhar na lavoura. No fim de semana era piloto. Não trabalhava muito a parte fisica, fumava muito. Mas ao volante era um piloto corajoso".

Depois disto, ele correu de maneira mais espaçada, mas não cortou a sua ligação à Minardi, onde ajuda o seu sobrinho Pierluigi Martini a chegar à Formula 1 e tornar-se quase no ícone da marca, ao correr com eles durante grande parte da sua carreira. Quando a Ferrari volta a alugar motores, em 1991, a equipa  lembra a velha ligação à Minardi e é a sua equipa que fica com eles, e Pierluigi Martini consegue seis pontos naquela temporada.

Agora, fica a recordação de um piloto e um episódio unico do automobilismo. Ars lunga. vita brevis.

2 comentários:

  1. Martini es muy recordado por su participación con la 312T en esas carreras fuera de campeonato; la decoración de su Ferrari aparece en varias miniaturas en 1/43. Bellísima.
    Abrazos!
    http://juanhracingteam.blogspot.com.ar/

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