Independentemente do resultado das 24 Horas de Le Mans deste ano, esta vai ficar marcada pela morte do dinamarquês Allan Simonsen, piloto oficial da Aston Martin numero 95, que fazia dupla com os seus compatriotas Christopher Nygaard e Kristian Poulsen, bateu fortemente na saída da Tetre Rouge na terceira volta da clássica de Endurance. Meti o video do acidente logo que esteve disponível, e vi o socorro a ser feito, e temi que algo de grave tivesse acontecido, mas não pensei que as consequências fossem tão fatais. E é muito triste para mim, e para todos nós.
Assim sendo, Simonsen é o mais recente elemento de uma lista de fatalidades na clássica de La Sarthe. O último a morrer em plena corrida foi o austriaco Jo Gartner, na edição de 1986, quando se despistou na Tetre Rouge (que ironia!) com o seu Porsche 956, em plena madrugada. O carro se desfez em dois e o piloto, que teve uma participação na Formula 1 em 1984, teve morte imediata. Contudo, entre ambas estas fatalidades, houve mais uma outra, do francês Sebastien Enjolras, quando tentava qualificar o seu carro na edição de 1997. Apesar da morte, a equipa da Aston Martin decidiu que irá continuar com os seus carros na pista.
Nascido a 5 de julho de 1978 em Odense, Simonsen (não confundir com o antigo jogador de futebol dinamarquês com o mesmo nome) começou a competir em 1999, na Formula Ford dinamarquesa, onde foi campeão. Depois de passagens pela Formula Palmer Audi e na Formula Renault britânica, decidiu apostar na Endurance e nos Turismos, com passagens pela Austrália, quer nos V8, quer nos GT's, onde foi campeão local em 2007. É nesse ano que começa a correr em Le Mans, num Porsche 997 da classe GT2, ao lado de Lars-Erik Nielsen e o alemão Pierre Ehret, acabando no terceiro lugar da sua classe.
Em 2008, corre com um Lola-Mazda de LMP2, pela equipa Kruse Schiller Motorsport, ao lado do francês Jean de Pourtales e do japonês Hideki Noda, não terminando a corrida. A partir daqui, passa para os GT's, pela Team Farnbacher, num Ferrari F430, e depois num Ferrari 458, onde foi segundo da sua classe em 2010. Em 2012, passa para a equipa oficial da Aston Martin, onde na sua primeira participação com Nygaard e Poulsen, terminou a sua corrida após 137 voltas.
É sem dúvida, mais um dia triste para o automobilismo. Especialmente quando deveria ser uma de celebração. Ars lunga, vita revis.
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