(continuação do capitulo anterior)
666 - GP do Brasil de 2001
Vinte e oito anos depois,
Interlagos volta a ser o palco de uma corrida onde os três números coincidem. E
não é uma combinação qualquer: é um que muitos chamam de "o número da
Besta". Mas de 1973 a 2001, as coisas mudaram muito, e a nova Interlagos
tem metade do tamanho da pista anterior, apesar do GP do Brasil continuar a ser
uma corrida do inicio do campeonato.
Nesse ano, o duelo é entre
Michael Schumacher e os McLaren de Mika Hakkinen e David Coulthard, com os
Williams-BMW de Ralf Schumacher e um estreante colombiano, Juan Pablo Montoya, à espreita. Apesar de
Michael Schumacher ter feito a pole-position, a corrida foi agitada: Mika
Hakkinen tem o seu carro parado na grelha, obrigando a entrada do Safety Car, e
quando a corrida recomeça, Montoya faz uma ultrapassagem ousada sobre o piloto
alemão e fica com a liderança, e fica por lá até à volta 37, quando é atingido
por trás pelo Arrows de Jos Verstappen.
Com isso, Schumacher recupera a
liderança, mas por pouco tempo, pois começa a chover, e os pilotos tem de mudar
os pneus e na confusão subsequente, o escocês David Coulthard acaba por ficar
com a liderança, após uma soberba manobra de ultrapassagem sobre o piloto
alemão. A completar o pódio ficou o alemão Nick Heidfeld, no Sauber, e
conseguindo ali o seu primeiro pódio da sua carreira. O BAR de Olivier Panis, o
Jordan-Honda de Jarno Trulli e o Benetton de Giancarlo Fisichella fecharam os
lugares pontuáveis.
O GP britânico desse ano era aguardado com enorme expectativa devido à presenta do "rookie" Lewis Hamilton, que sendo piloto da McLaren, tinha vencido até então duas corridas e era um inesperado candidato ao título, ao lado de Fernando Alonso e dos Ferrari de Kimi Raikkonen e Felipe Massa. Mas já por essa altura tinha rebentado o escândalo que viria a ser conhecido por "Stephneygate", onde um engenheiro da Ferrari, Nigel Stephney, tinha roubado planos do chassis daquele ano para entregar a um colega seu, Mike Coulghan, que trabalhava na McLaren, precisamente o seu rival.
Enquanto que a Red Bull cedia o seu espaço na carenagem nos carros de David Coulthard e Mark Webber para colocar mais de 30 mil fotos para a sua iniciativa "Wings For Life", no final da qualificação, Lewis Hamilton levou a melhor sobre o Ferrari de Kimi Raikkonen. Na segunda fila, Fernando Alonso era melhor do que o brasileiro Felipe Massa, enquanto que na terceira fila, o BMW Sauber de Robert Kubica era o quinto, seguido pelo Toyota de Ralf Schumacher.
A corrida começou com Massa a ficar parado na grelha, obrigando a uma segunda volta de formação. O brasileiro conseguiu colocar o carro a andar, mas largou das boxes. Na partida, Hamilton conseguiu ser o melhor, mas com Raikkonen a segui-lo, enquanto que Alonso era o terceiro. O grande momento da corrida acontece no primeiro reabastecimento, na volta 16, quando Hamilton não têm um reabastecimento perfeito e sai das boxes no quinto lugar. Três voltas depois, é a vez de Raikkonen parar e este fica na liderança, com Alonso no segundo lugar.
Atrás, Massa lutava para conseguiu ultrapassar o maior numero de carros possivel para ver se chegava aos da frente, enquanto que por lá, apesar de haver mais reabastecimentos, a ordem não seria alterada até à bandeira de xadrez. O finlandês era o vencedor, seguido por Alonso e Hamilton, enquanto que nos restantes lugares pontuáveis ficariam o BMW Sauber de Robert Kubica, o Ferrari de Felipe Massa, o segundo BMW Sauber de Nick Heidfeld e os Renault de Heiki Kovalainen e de Giancarlo Fisichella.
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