Nos últimos dias, e mais especialmente neste final de semana, eu e alguns amigos meus andamos a trocar impressões sobre o assunto do momento, ou seja, quem vai preencher o segundo lugar da Red Bull em 2014. Muitos estão convictos que Kimi Raikkonen ficará com o lugar, simplesmente porque acham que ele irá aceitar os muitos milhões que Dietrich Mateschitz, Helmut Marko e Christian Horner que estão dispostos a pagar para ser o companheiro de Sebastian Vettel, que até está disposto a aceitá-lo.
Francamente, tenho dúvidas. Muitas dúvidas. Por dois grandes motivos: primeiro, porque a equipa onde ele anda o deseja, sabendo que poderá ser o piloto ideal para o colocar nos lugares da frente. Apesar de lá estarem e de serem uma equipa estável, o finlandês venceu apenas duas corridas desde o seu regresso - apesar de ter doze pódios na sua segunda passagem pela Formula 1. E apesar de Kimi querer elaborar os seus contratos numa base anual, ele se sente bem na Lotus porque lá, eles o respeitam e o deixam respirar, ao contrário do que acontecia na McLaren e na Ferrari. Aliás, ele disse esta semana, numa entrevista, que não gostou nada da sua passagem pela Scuderia.
E esse é provavelmente o segundo grande motivo pelo qual não aceitaria o convite da Red Bull. Os austríacos, apesar de passarem uma ideia de irreverência - olhem para Sebastian Vettel em "Super Mário" - desejam mais. E Raikkonen, com o seu carisma, seria o piloto ideal para o lugar de Webber. É mais velho que Vettel - ambos têm sete anos de diferença - e parece que se dão bem. Mas não acho que o finlandês queira ser o "coadjuvante" do alemão, que em 2013 está aparentemente imparável rumo ao tetra. Mas também não quer criar tensões dentro da equipa, pois como sabem, todos os pilotos de Formula 1 têm enormes egos e desejam ter a equipa a trabalhar à sua volta.
Em jeito de conclusão, Kimi Raikkonen sente-se confortável no seu lugar. E a Lotus vai fazer tudo para que isso aconteça, daí o cartoon que coloco no inicio do post.
E existe mais um sinal do qual não acredito nessa ideia da transferência. Nas últimas semanas, a Red Bull está a dar mais atenção ao australiano Daniel Ricciardo, o que significa que existe um "plano B" ou uma mera preparação do australiano para substituir o seu compatriota Mark Webber. O facto de ter participado no teste de Silverstone, com acesso ao carro principal, algo que não foi concedido a Jean-Eric Vergne, indica que eles irão por fim fazer uso da "cantera" da Toro Rosso, cinco anos depois de terem ido buscar Sebastien Vettel. Faz sentido: Ricciardo é bom piloto e este ano, apesar de ter começado pior que Jean-Eric Vergne, conseguiu reagir e fazer melhores tempos na qualificação e melhores resultados em corrida.
Assim sendo, que acontecerá na Toro Rosso? Tudo indica que, caso Ricciardo dê o salto para a equipa principal, Vergne fique mais uma temporada, com o português António Félix da Costa ao seu lado. E isso poderá acontecer até caso a Red Bull consiga ter Kimi Raikkonen nas suas fileiras. Basta usar Ricciardo como "moeda de troca" para a equipa de Enstone. Agora, será que eles iriam aceitar tal tipo de negócio.
Em suma, apesar de isto ser apenas um mero exercício especulativo, poderá ser uma realidade em 2014.
Concordo com você Paulo, necessariamente em tudo.
ResponderEliminarAbraços!