A autópsia à piloto espanhola Maria de Villota, encontrada morta esta manhã no seu quarto de hotel em Sevilha, revelou que aparentemente ela morreu devido a uma sequela neurológica decorrente das lesões sofridas em julho do ano passado, no acidente que teve no aeródromo de Duxbury, onde numa sessão de testes a bordo de um Marussia, sofreu um grave traumatismo craniano-maxilar e a perda do seu olho direito.
"Queridos amigos, venho lhes informar que o médico forense nos disse que a morte de Maria foi causada por sequelas e danos neurológicos do acidente que ela sofreu no ano passado. Maria será enterrada em um jazigo familiar em Madrid, e desde já agradeço o apoio e o carinho demonstrados por todos vocês", afirmou a sua irmã Isabel.
Entretanto, o governo espanhol, pela voz do Ministro do Desporto, Juan Ignacio Wert, anunciou que concederá a título póstumo a medalha de ouro da Ordem Real do Mérito Desportivo, reconhecimento normalmente atribuído a atletas que contribuíram para o desenvolvimento do desporto.
Entretanto, enquanto pilotos e dirigentes renderam homenagem a De Villota em Suzuka, surgiram noticias sobre a sua última entrevista, que tinha sido dada esta terça-feira à Navarra TV. Questionada pelo entrevistador sobre os seus motivos para viver e vencer na vida, De Villota foi objetiva: "Se ganha com dois componentes essenciais: estar perto das suas pessoas, dos amigos, inclusive gente que você não conhece mas que te manda muita energia, reza por você e está por perto... E com a paixão. Com o sonho de viver, com amor, com todas essas coisas que te dão vida e que suprem as principais perdas. Vamos viver de uma maneira apaixonada", disse.
Na entrevista, voltou a dizer que tinha memórias claras do acidente, e tinha pesadelos com isso: "Meu caso foi um pouco especial, porque tive uma lesão cerebral, mas os médicos esperavam que eu não seria capaz nem de falar e nem de lembrar. Mas eu me recordo. Não sei por que... creio que o destino quis que esse episódio não passasse esquecido. Tenho pesadelos, não posso evitar. Mas assim que me levanto, desconecto, o acidente passou. Mas foi parte da minha história."
"A partir daí, tive uma segunda oportunidade de viver. Me considero uma privilegiada, e estou começando a viver minha segunda vida. Com coisas em comum da velha María, e coisas que estou descobrindo, coisas novas", concluiu.
ATUALIZAÇÃO: O Andy Bono, que trabalha na versão espanhola do GPUpdate.com, acaba de colocar na sua página do Twitter que De Villota será cremada este sábado em Sevilha, numa cerimónia privada, antes das suas cinzas serem colocadas no jazigo da sua familia, em Madrid.
Na entrevista, voltou a dizer que tinha memórias claras do acidente, e tinha pesadelos com isso: "Meu caso foi um pouco especial, porque tive uma lesão cerebral, mas os médicos esperavam que eu não seria capaz nem de falar e nem de lembrar. Mas eu me recordo. Não sei por que... creio que o destino quis que esse episódio não passasse esquecido. Tenho pesadelos, não posso evitar. Mas assim que me levanto, desconecto, o acidente passou. Mas foi parte da minha história."
"A partir daí, tive uma segunda oportunidade de viver. Me considero uma privilegiada, e estou começando a viver minha segunda vida. Com coisas em comum da velha María, e coisas que estou descobrindo, coisas novas", concluiu.
ATUALIZAÇÃO: O Andy Bono, que trabalha na versão espanhola do GPUpdate.com, acaba de colocar na sua página do Twitter que De Villota será cremada este sábado em Sevilha, numa cerimónia privada, antes das suas cinzas serem colocadas no jazigo da sua familia, em Madrid.
´Puta tristeza, Paulo...
ResponderEliminarConcordo contigo: é mesmo triste, especialmente para uma pessoa que parecia ter superado uma coisa tão forte como o acidente que teve no ano passado.
ResponderEliminarTriste demais, bela entrevista!
ResponderEliminarEla teria muito a nos ensinar. Confesso que não a conhecia antes do acidente, mas ao ler sua história me senti inspirado pelo seu trabalho. Uma grande perda para o esporte.
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