A fraude cambial que foi denunciada hoje pelo governo venezuelano, onde aparentemente houve abusos nas autorizações de alguns pilotos para conseguir autorização para levantar mais dólares do que o previsto, já mereceu a reação de pelo menos um piloto: Ernesto Viso, que corre na IndyCar. Numa entrevista ao jornal local "El Nacional", Viso, que já disse que não participará na prova final da IndyCar, em Fontana, afirmou que espera um investigação séria e que os que cometeram as fraudes sejam encontrados para a situação ser normalizada.
“Creio que esse tema é controverso no ministério, pois quando perguntamos o que está acontecendo com os pagamentos que não recebemos, não temos explicação alguma. Mas é frustrante saber que há oportunistas que buscam se aproveitar do momento desportivo tão bom que vive a Venezuela para tirar benefícios pessoais. No final, os verdadeiros prejudicados somos nós, os atletas que têm números e resultados que comprovam o bom trabalho que fazemos.” começou por comentar.
“Acho bom que façam uma investigação séria a este respeito porque isso é algo muito delicado, mas é necessário que o ministério coloque em dia os pagamos porque a minha situação é cada vais mais insustentável porque tenho muitas contas a pagar”, concluiu.
Recorde-se que o esquema de fraude cambial apareceu quando as autoridades de Caracas denunciaram a falsificação de assinaturas da Ministra do Desporto, Alejandra Benitez, para que esses pilotos pudessem usar as permissões especiais, que são passadas pelo governo, para levar muito mais dólares do que o permitido.
Com os venezuelanos limitados a levantar três mil dólares por ano, as pessoas com essas autorizações especiais poderiam levantar muitos mais, e os dólares que sobravam nesse esquema eram muitas vezes canalizados para o mercado negro (onde a diferença entre o câmbio oficial chega a ser seis vezes superior), para conseguir ainda mais lucros do que teriam inicialmente. E num desses casos, denunciada pela ministra, fala que houve aprovações no valor de 66 milhões de dólares.
Com os venezuelanos limitados a levantar três mil dólares por ano, as pessoas com essas autorizações especiais poderiam levantar muitos mais, e os dólares que sobravam nesse esquema eram muitas vezes canalizados para o mercado negro (onde a diferença entre o câmbio oficial chega a ser seis vezes superior), para conseguir ainda mais lucros do que teriam inicialmente. E num desses casos, denunciada pela ministra, fala que houve aprovações no valor de 66 milhões de dólares.
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