Quando comecei a ver os primeiros minutos das Seis Horas de Fuji, debaixo de chuva, não só me fez recordar eventos mais antigos - um deles agora passado em filme - como não pensei que tal coisa iria ter consequências tão grandes. Não vi a corrida toda, mas quando acordei esta manhã para saber o resultado final, descobri que as Seis Horas de Fuji, prova a contar para o Mundial de Endurance, teve apenas... dezasseis voltas. Numa corrida de seis horas!
No final, a Toyota celebrou uma vitória "pirrica", com a Audi a comemorar o título de Construtores. Kazuki Nakajima, Alexander Wurz e Nicolas Lapierre subiram ao lugar mais alto do pódio "só para japonês ver", porque de competição propriamente dita, não houve. Basta olhar para as caras dos pilotos no pódio...
E é esse o perigo de correr em Mont Fuji em pleno outono: o risco de ter dias e dias só de chuva, frio e quase neve é bem alto. E fico cada vez mais com a sensação de que aquele circuito, um dos mais antigos do Japão e onde a Formula 1 começou a correr, está mal localizado. Pelo menos, em comparação com Suzuka, mais no centro do país.
E fico a pensar no seguinte: será que vale a pena correr em Mont Fuji em outubro? Sei que tem de ser ali por causa da Toyota - o circuito pertence a eles, como Suzuka pertence à Honda - mas acho que correr por ali seria melhor em junho ou julho, onde as possibilidades de chuva são mais escassas. É que das corridas que conheço e que foram disputadas nesta altura do ano, as possibilidades de chuva chegam aos 50 por cento, no mínimo. E quando chove, as condições são impossíveis e os pilotos correm com o coração nas mãos. E agora numa altura em que os pilotos quase não correm com "ribeiros" a atravessarem a pista, coloco em causa a necessidade de correr neste circuito, nesta época do ano.
E sei que em 2014, as Seis Horas de Mont Fuji estão marcadas para esta altura. Mais do mesmo ou esperemos pelo "milagre" de um céu limpo nesse fim de semana?
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