A terceira atualização deste domingo sobre o estado de saúde de Michael Schumacher fala que o hospital universitário de Grenoble comunicou de forma arrepiantemente suscinta, que o ex-piloto alemão de 44 anos foi operado esta tarde a uma hemorragia cerebral causada pelo traumatismo craniano sofrido esta manhã a estância de ski de Meribel, nos Alpes franceses.
"O senhor Schumacher foi admitido no centro hospitalar universitário de Grenoble pelas 12:40, após um acidente sofrido no final desta manhã na estância de ski de Meribel.
Ele sofreu um traumatismo craniano grave, tendo chegado em coma, e foi imediatamente sujeito a uma intrevenção cirurgica.
O seu estado é critico.", termina o comunicado, assinado pelo neurocirurgião de serviço, o anestesista-chefe e o diretor-adjunto do hospital. Amanhã, pelas onze da manhã locais, haverá novo comunicado.
Entretanto, soube-se que Ross Brawn está em Grenoble, para acompanhar o estado de saúde do seu amigo, que trabalhou com ele nos tempos da Benetton, em 1994 e 95, e depois na Ferrari, a partir de 1997, até 2006, e depois na Mercedes, entre 2010 e 2012. Quem também está em Grenoble é o Dr. Bernard Saillant, cirurgião ortopédico e que operou o piloto alemão em 1999, após o seu acidente em Silverstone.
Apesar da gravidade da situação, poderá não ser tão grave assim. Nos seus tweets, o antigo médico da Formula 1, Dr. Gary Hartstein (@former_f1doc no Twitter) afirma que tudo isto poderá ser o resultado de um hematoma extradural, onde a principio, a pessoa recupera momentaneamente a consciência para, com o passar das horas, devido ao inchaço causado pelo hematoma, fazer mudar dramaticamente as condições de saúde do sujeito em questão. Daí que no caso de Schumacher, ele tenha ido logo para Grenoble e ser operado de imediato: alivio do hematoma. E para o fazer, teria de estar, no mínimo, em coma induzido, para minimizar a pressão.
E quanto à recuperação, Hartstein escreve no Twitter: "A qualidade da recuperação depende da gravidade do hematoma inicial, a amplitude de pressão causada pelo hematoma, a rapidez que [os cirurgiões] conseguirem drenar a ferida e a qualidade do serviço de cuidados intensivos".
Esperemos que ele esteja certo. Até lá, é torcer pelo melhor para o alemão.
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