Aos poucos e poucos, enquanto que Bernie Ecclestone continua a dizer o que pensa sem medir as consequências - ele sabe como poucos como gerir publicidade - o octogenário magnata da Formula 1 viu esta manhã o seu caso contra Constantin Medein virar a seu favor nos tribunais britânicos, apesar do juiz ter dito que, de facto, Ecclestone pagou subornos no "caso Gribowsky", no sentido de ter desvalorizado intencionalmente o valor das ações da Formula 1 a seu favor - neste caso, o fundo de investimento CVC Capital Partners.
Segundo a declaração do juiz Newey, "Os pagamentos foram um suborno. Eles foram feitos porque o Sr. Ecclestone tinha entrado num acordo corrupto com o Dr. Gribkowsky em maio 2005, ao abrigo do qual o Dr. Gribkowsky era para ser recompensado por facilitar a venda das ações da Bayern LB na Fórmula One Group para um comprador aceitável para o Sr. Ecclestone."
Ele também disse que: "Mesmo ... fazendo provisões para o lapso de tempo e da idade do Sr. Ecclestone, receio que ache que é impossível considerá-lo como uma testemunha fiável ou verdadeira." Por outras palavras, Ecclestone mentiu em tribunal.
Contudo, esta afirmação não foi suficiente para que Constantin Medein vencesse o caso contra Ecclestone, pois o tribunal afirmou que ele não foi suficientemente prejudicado nesta operação. E claro, Ecclestone aproveitou a ocasião para expressar confiança de que o caso alemão será resolvido a seu favor.
"O senhor Ecclestone saúda o facto de que ele vai ter a oportunidade de defender estas alegações de suborno corretamente no processo deve começar em Munique, no próximo mês de abril, quando as testemunhas relevantes poderem ser obrigadas a participar e serem interrogados pelos seus advogados. Ele está confiante de que será absolvido.", comenta, num comunicado oficial.
Mas se Ecclestone poderá comemorar hoje por mais uma vitória nesta batalha nos tribunais, as declarações feitas pelo juiz britânico poderão ajudar a justiça alemã no sentido de provar de, de facto, Ecclestone subornou Gerhard Gribowsky. E isso pode, claro, significar que o risco de ser declarado culpado e ser condenado a uma pena de prisão poderá ter aumentado. Mas só a partir de abril é que veremos isso.
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