O carro do qual escrevo desta vez
foi o terceiro chassis da equipa Shadow na Formula 1. Depois de uma evolução
com potencial, mas com frustrações pelo meio, o terceiro carro desenhado por Tony Southgate mostrou um potencial
ainda maior, que os faz sonhar com as vitórias, conseguindo pole-positions e
voltas mais rápidas. Contudo, os resultados foram dececionantes, senão
frustrantes, e a melhor prova foi a vitória de Tom Pryce… numa corrida
extra-campeonato. Hoje, falo sobre o Shadow DN5.
Desenhado por Southgate, o DN5
foi uma evolução do DN3, o chassis de 1974. Aqui, as grandes modificações em
relação ao chassis anterior foi o de refinar a aerodinâmica e a reequilibrar a
distribuição de peso ao longo do chassis, de forma a melhorar as suas
performances. Com essas alterações, toda a gente pensava que as coisas poderiam
fazer com que fossem mais velozes do que no ano passado… e foi mesmo o que
aconteceu.
A Shadow entrou na temporada de
1975 com estrondo, pois o chassis foi introduzido na corrida inaugural, na
Argentina. Jean-Pierre Jarier foi o contemplado com o primeiro exemplar, a
combinado com a sua propensão para a velocidade pura, fez a pole-position,
surpreendendo toda a gente. Contudo, a felicidade foi de pouca dura: na volta
de aquecimento, um problema num dos cubos de roda, na volta de aquecimento, fez
com que visse a corrida das boxes.
Na corrida seguinte, Jarier
repetiu o feito, ao ser “poleman” em Interlagos e a liderar a corrida durante
boa parte do tempo, fazendo até a volta mais rápida. Contudo, na volta 32, o
sistema de alimentação de combustível falha e quem aproveita é o Brabham de
José Calos Pace, que guia até à vitória final.
No regresso à Europa, um segundo
chassis ficou pronto para Tom Pryce, que aproveitou para mostrar a sua rapidez,
vencendo a “Race of Champions” em Brands Hatch, uma corrida extra-campeonato. A
vitória, que aconteceu debaixo de condições adversas, foi o primeiro grande
resultado quer de Pryce, quer da Shadow. A meio do ano, o galês repetiu o feito
em Silverstone, ao fazer a pole-position, a terceira da marca naquela
temporada. Contudo, tal como a Jarier, Pryce não conseguiu terminar essa
corrida.
Nas corridas da Austria e de
Itália, a Shadow decidiu colocar um motor Matra V12 no carro de Jean-Pierre
Jarier, e para isso, o carro foi modificado no sentido de aumentar a distância
entre-eixos e de acomodar um depósito de gasolina maior. Este Shadow-Matra
ficou conhecido como o DN7, mas os resultados foram dececionantes. Nunca passou
do meio do pelotão nas qualificações, e não chegou ao fim em qualquer uma das
corridas. No final do ano, a Matra decidiu fornecer os carros da Ligier para a
temporada de 1976, e o projeto ficou descartado.
No final de 1975, depois de terem
conseguido 9,5 pontos e um pódio (Pryce, na Austria), o chassis foi melhorado,
passando a ter uma versão B. O carro ficou mais fiável, mas perdeu alguma da
sua velocidade, embora na corrida inicial dessa temporada, no Brasil, Jarier
conseguiu uma volta mais rápida e Pryce subiu ao degrau mais baixo do pódio.
Mas para o resto do ano, o carro não conseguiu mais resultados de relevo,
excepto um quarto lugar em Brands Hatch. A meio da temporada, a equipa
introduziu o DN8, que foi guiado por Pryce, enquanto que Jarier andou com o
DN5B até ao final do ano. No inicio de 1977, Jarier sai da equipa e é
substituído pelo italiano Renzo Zorzi, que em Interlagos dá um último motivo
para sorrir para a equipa, ao conseguir um ponto no GP do Brasil, que viria a
ser a última corrida deste chassis.
Ficha Técnica:
Chassis: Shadow
DN5
Projetista: Tony Southgate
Motor: Ford
Cosworth DFV V8/ Matra V12
Caixa de Velocidades: Hewland de 5 velocidades
Pneus: Goodyear
Pilotos: Tom
Pryce, Jean-Pierre Jarier, Renzo Zorzi
Corridas: 32
Vitórias: 0
Pole-Positions: 3 (Jarier
2, Pryce 1)
Voltas Mais Rápidas: 2 (Jarier
2)
Pontos: 18,5 (Pryce 15, Jarier 1,5,
Zorzi 1)
O gde problema deste fantástico carro foi a falta de verba. Nso acreditei qdo vi Jean Pierre Jarrier voando baixo na reta de chegada e contornar as curvas 1 e 2 de pé cravado, sem diminuir a velocidade.
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