sábado, 3 de maio de 2014

O "caso Jeremy Clarkson"


Goste-se ou odeie-se, ninguém fica indiferente a Jeremy Clarkson. O apresentador britânico de 53 anos, que está a comandar os destinos da Top Gear desde 2002, ao lado de Richard Hammond e James May, é conhecido pelas suas diatribes e por dizer o que pensa, sem medir as consequências. Se por causa disso, ganhou fãs, também ganhou detratores. E agora, ele está a ser acusado de ser racista.

A polémica surgiu esta quarta-feira quando o jornal "Daily Mirror" colocou um clip da 19ª temporada - que não foi para o ar - que aparentemente ele murmura a palavra "nigger" ou seja negro. O jornal fez um vídeo, que colocou no Youtube, onde se ouve ele a murmurar algo, mas não é perceptível.

Claro, as redes sociais ficaram agitadas, com os detratores a pedirem o seu despedimento, e Clarkson a responder inicialmente na sua conta do Twitter que não é racista. Contudo, depois, mandou outro Twitter, com o link de um video, explicando que tinha pedido aos produtores para que nunca colocasse essa gravação no ar, porque parecia que ele poderia ter dito a tal palavra racista. E depois, pediu desculpa a quem se tenha eventualmente ofendido.

Contudo, numa altura em que o mundo anda ainda a discutir os eventos de Villareal, com a banana mandada a Dani Alves, e os eventos que o patrão dos Los Angeles Clippers, Donald Sterling, parece que as coisas andam um pouco pegadas numa espécie de "caça ao racista". É certo que os dois primeiros casos foram bem reais, mas este está mais no campo do "nebuloso", e chega-se à conclusão de que é mero sensacionalismo de um tabloide rasca britânico, que quer vender mais jornais à custa da cabeça de mais algumas pessoas. E Jeremy Clarkson é um alvo, quer queiramos, quer não.

Provavelmente, ele vai se safar disto, como aconteceu das outras vezes. Resta saber até quando.

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