Em 1961, Alesandro Cagno era um dos "ultimos dos moicanos" de uma época pioneira no automobilismo internacional. O piloto de automóveis e aviador tinha vivido tempo suficiente para que fosse reconhecido pelas gerações seguintes. Em 1961, com quase 80 anos, e já com a existência da Formula 1 e de equipas como a Alfa Romeo, Maserati e Ferrari, Cagno falava nesta entrevista na RAI sobre os primeiros tempos do automobilismo, comparando-os com o que tinha avançado até então:
"Hoje em dia, os pilotos têm uma tarefa fácil, porque eles só tem que guiar. São os mecânicos que preparam o carro e tudo o mais necessário para a corrida. No nosso tempo, as coisas não eram tão fáceis: nós "casavamos" com o nosso carro até ao momento da corrida; seguimos o carro desde o momento em que foi construído, preparado e afinado.
Este carro de corrida, um Fiat 1907, deu-me muita satisfação, mas também muita dor. Naquela época, devido às estradas, as regras existentes, as mudanças de pneus, os incidentes de estrada, as falhas mecânicas, eramos expostos a um trabalho duro, começando às 5 da manhã, até ao final da tarde... uma série de inconvenientes, em estradas não asfaltadas, com mudanças de pneus, sacrifícios pessoais...
Apesar disso, este carro levou-me muitas vezes para a vitória.", concluiu.
Este carro de corrida, um Fiat 1907, deu-me muita satisfação, mas também muita dor. Naquela época, devido às estradas, as regras existentes, as mudanças de pneus, os incidentes de estrada, as falhas mecânicas, eramos expostos a um trabalho duro, começando às 5 da manhã, até ao final da tarde... uma série de inconvenientes, em estradas não asfaltadas, com mudanças de pneus, sacrifícios pessoais...
Apesar disso, este carro levou-me muitas vezes para a vitória.", concluiu.
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