Na última vez que soubemos do paradeiro do pelotão da Formula 1, descobrimos que Nico Rosberg estava numa posição de destaque e que tinha visto mais uma vez os azares do seu companheiro de equipa, Lewis Hamilton, que tinha batido com o seu carro na zona do Stadium, ainda na Q1, que o obrigava a largar da 15ª posição da grelha de partida. Com isso, o piloto britânico tinha uma tarefa ainda mais dificultada: não só via o seu maior rival largar da melhor posição possível, como teria de passar catorze carros, alguns deles guiados por pilotos que mais preferem quebrar do que torcer na pista, e carros que são tão velozes como os dele. E os melhores exemplos serão as dos Red Bull e da Williams, que ficaram com os lugares a seguir ao do "poleman" alemão.
E esta manhã, para piorar as coisas, soubemos que Hamilton teve de trocar de caixa de velocidades, e isso fez com que penalizasse mais algumas posições, quase fazendo partir do fundo do pelotão. Aliás, por causa disso, decidiu-se que ele iria partir das boxes para esta corrida. Como se um azar nunca viesse só...
Assim sendo, debaixo de um céu nublado e com mais de 120 mil pessoas a querer ver um Mercedes no lugar mais alto do pódio, máquinas e pilotos preparavam-se para 67 voltas no circuito de Hockenheim, numa corrida que prometia ser tão intrigante quanto... aborrecida. Contudo, essa última parte ficou riscada logo na partida quando Felipe Massa e Kevin Magnussen se tocaram na primeira curva. O brasileiro da Williams capotou, ficando-se por ali, enquanto que Magnussen e Daniel Ricciardo saíram de pista, mas não houve mais nada de especial. Os comissários olharam para as imagens e decidiram que aquilo era apenas um "incidente de corrida". De facto, parece que Massa precisa de ir à bruxa.
Atrás, Hamilton iniciava a sua prova de recuperação no sentido de se chegar o mais à frente possível e beneficiou com a entrada do Safety Car, que entrou para que se pudesse tirar o carro de massa do caminho. Magnussen trocou a asa, danificada com o acidente, mas o inglês da McLaren tinha subido para o 17º posto da geral. A corrida voltou à ação na terceira volta, com Rosberg a começar a distanciar-se de Bottas, enquanto que Hamilton continuava a sua recuperação. Nas dez voltas seguintes, chegou até ao nono posto, onde lutou com Kimi Raikkonen e Daniel Ricciardo por esses lugares, passando-os no "hairpin", onde o asfalto é suficientemente largo para podermos ter três carros lado a lado, lutando por posição.
Mas por vezes, Hamilton abusava da sorte. A primeira vez foi numa ultrapassagem dupla aos Ferrari e que lhe custou uma parte do carro do finlandês, mas o inglês continuava a tentar ganhar lugares (após a primeira paragens para pneus, mais tarde do que o resto do pelotão), com uma ultrapassagem mais otimista sobre Jenson Button na volta 32, que fez arrancar uma parte da asa, perdendo algum "downforce".
Por esta altura, os pilotos faziam as suas paragens, como Vettel, na volta 35, que acabou a ter Alonso a passá-lo na volta seguinte. Na mesma altura, Ricciardo também parava. Agora, o motivo de interesse tinha a ver com a batalha pelo quarto posto, entre Alonso, Vettel, e um pouco mais atrás, o Force India de Hulkenberg. O alemão foi pouco depois para as boxes, deixando os dois a fazer a segunda parte da briga que aconteceu quinze dias antes, em Silverstone.
Rosberg para na volta 42, depois de se queixar do desgaste dos pneus, mas a sua liderança é grande sobre Valtteri Bottas, que tinha parado e cedido o segundo posto para Hamilton. Na volta seguinte, Hamilton também para nas boxes e desce para o quinto lugar. Na volta 46, Vettel para a dá o quarto posto para Hamilton, no preciso momento em que o Toro Rosso de Daniil Kvyat... pega fogo! O piloto saiu dele sem problemas, mas naquela zona, as bandeiras amarelas foram mostradas.
O DRS voltou à ativa na volta 49, altura em que Hamilton passou Alonso e ficou com o terceiro posto, tentando agora apanhar Valtteri Bottas. Nessa mesma altura, Adrian Sutil faz um pião no meio da reta da meta e ele deixou o carro ali. Poderia ser uma situação para Safety Car, mas nessa mesma altura, Hamilton parou de novo nas boxes para o seu último jogo de pneus. Apesar de tudo, os comissários de pista conseguiram tirar o carro dali, evitando que o carro da organização entrasse na pista e reagrupasse o pelotão.
Com isso, Hamilton, com pneus novos, comia a desvantagem a um ritmo de três segundos por volta. Era agora quarto, mas apanhava Alonso facilmente e parecia que Bottas estaria ao seu alcance. Na volta 56, Hamilton era o terceiro, enquanto que já se sabia que o finlandês da Williams iria levar o seu carro até ao fim. Aproveitando a ultrapassagem, Alonso foi para as boxes fazer a sua última troca.
Com as últimas voltas, viamos Hamilton a apanhar Bottas a um ritmo de 1,5 segundos por volta (!), enquanto que a grande luta para o quinto posto, entre Alonso e Ricciardo, com os pilotos colados e a fazerem ultrapassagens. Mas nessa altura, Hamilton estava colado a Bottas numa altura em que os pneus do britânico já não estavam em forma. Na volta 63, Alonso livrou-se do australiano por fim, mas mais à frente, Bottas resistia aos ataques de Hamilton. E aí, via-se que a falta de downforce da sua asa dianteira fazia a diferença, e piorando tudo isso, os pneus já tinham se desgastado ao ponto de não poder ultrapassar o Williams do finlandês.
E foi assim que, mais à frente, tranquilo e sem problemas, Nico Rosberg conseguia algo que não acontecia há 75 anos, desde Rudolf Caracciola: um piloto alemão, com um motor alemão e um chassis alemão, vence do Grande Prémio da Alemanha. E com isso, não só consegue ser o vencedor desta corrida, como conseguiu recuperar pelo menos mais alguns pontos daqueles que tinha perdido em Silverstone. A cara de frustração de Lewis Hamilton, depois de uma corrida brava, vinda de trás, dizia tudo: não tinha sido suficiente. Mas tudo isto aconteceu bem a tempo: cerca de vinte minutos depois, começou a chover na pista.
Mas o mais interessante é que na próxima semana, haverá mais ação, desta vez em terras húngaras. Vai ser bem interessante, esta luta pelo título...
Assim sendo, debaixo de um céu nublado e com mais de 120 mil pessoas a querer ver um Mercedes no lugar mais alto do pódio, máquinas e pilotos preparavam-se para 67 voltas no circuito de Hockenheim, numa corrida que prometia ser tão intrigante quanto... aborrecida. Contudo, essa última parte ficou riscada logo na partida quando Felipe Massa e Kevin Magnussen se tocaram na primeira curva. O brasileiro da Williams capotou, ficando-se por ali, enquanto que Magnussen e Daniel Ricciardo saíram de pista, mas não houve mais nada de especial. Os comissários olharam para as imagens e decidiram que aquilo era apenas um "incidente de corrida". De facto, parece que Massa precisa de ir à bruxa.
Atrás, Hamilton iniciava a sua prova de recuperação no sentido de se chegar o mais à frente possível e beneficiou com a entrada do Safety Car, que entrou para que se pudesse tirar o carro de massa do caminho. Magnussen trocou a asa, danificada com o acidente, mas o inglês da McLaren tinha subido para o 17º posto da geral. A corrida voltou à ação na terceira volta, com Rosberg a começar a distanciar-se de Bottas, enquanto que Hamilton continuava a sua recuperação. Nas dez voltas seguintes, chegou até ao nono posto, onde lutou com Kimi Raikkonen e Daniel Ricciardo por esses lugares, passando-os no "hairpin", onde o asfalto é suficientemente largo para podermos ter três carros lado a lado, lutando por posição.
Mas por vezes, Hamilton abusava da sorte. A primeira vez foi numa ultrapassagem dupla aos Ferrari e que lhe custou uma parte do carro do finlandês, mas o inglês continuava a tentar ganhar lugares (após a primeira paragens para pneus, mais tarde do que o resto do pelotão), com uma ultrapassagem mais otimista sobre Jenson Button na volta 32, que fez arrancar uma parte da asa, perdendo algum "downforce".
Por esta altura, os pilotos faziam as suas paragens, como Vettel, na volta 35, que acabou a ter Alonso a passá-lo na volta seguinte. Na mesma altura, Ricciardo também parava. Agora, o motivo de interesse tinha a ver com a batalha pelo quarto posto, entre Alonso, Vettel, e um pouco mais atrás, o Force India de Hulkenberg. O alemão foi pouco depois para as boxes, deixando os dois a fazer a segunda parte da briga que aconteceu quinze dias antes, em Silverstone.
Rosberg para na volta 42, depois de se queixar do desgaste dos pneus, mas a sua liderança é grande sobre Valtteri Bottas, que tinha parado e cedido o segundo posto para Hamilton. Na volta seguinte, Hamilton também para nas boxes e desce para o quinto lugar. Na volta 46, Vettel para a dá o quarto posto para Hamilton, no preciso momento em que o Toro Rosso de Daniil Kvyat... pega fogo! O piloto saiu dele sem problemas, mas naquela zona, as bandeiras amarelas foram mostradas.
O DRS voltou à ativa na volta 49, altura em que Hamilton passou Alonso e ficou com o terceiro posto, tentando agora apanhar Valtteri Bottas. Nessa mesma altura, Adrian Sutil faz um pião no meio da reta da meta e ele deixou o carro ali. Poderia ser uma situação para Safety Car, mas nessa mesma altura, Hamilton parou de novo nas boxes para o seu último jogo de pneus. Apesar de tudo, os comissários de pista conseguiram tirar o carro dali, evitando que o carro da organização entrasse na pista e reagrupasse o pelotão.
Com isso, Hamilton, com pneus novos, comia a desvantagem a um ritmo de três segundos por volta. Era agora quarto, mas apanhava Alonso facilmente e parecia que Bottas estaria ao seu alcance. Na volta 56, Hamilton era o terceiro, enquanto que já se sabia que o finlandês da Williams iria levar o seu carro até ao fim. Aproveitando a ultrapassagem, Alonso foi para as boxes fazer a sua última troca.
Com as últimas voltas, viamos Hamilton a apanhar Bottas a um ritmo de 1,5 segundos por volta (!), enquanto que a grande luta para o quinto posto, entre Alonso e Ricciardo, com os pilotos colados e a fazerem ultrapassagens. Mas nessa altura, Hamilton estava colado a Bottas numa altura em que os pneus do britânico já não estavam em forma. Na volta 63, Alonso livrou-se do australiano por fim, mas mais à frente, Bottas resistia aos ataques de Hamilton. E aí, via-se que a falta de downforce da sua asa dianteira fazia a diferença, e piorando tudo isso, os pneus já tinham se desgastado ao ponto de não poder ultrapassar o Williams do finlandês.
E foi assim que, mais à frente, tranquilo e sem problemas, Nico Rosberg conseguia algo que não acontecia há 75 anos, desde Rudolf Caracciola: um piloto alemão, com um motor alemão e um chassis alemão, vence do Grande Prémio da Alemanha. E com isso, não só consegue ser o vencedor desta corrida, como conseguiu recuperar pelo menos mais alguns pontos daqueles que tinha perdido em Silverstone. A cara de frustração de Lewis Hamilton, depois de uma corrida brava, vinda de trás, dizia tudo: não tinha sido suficiente. Mas tudo isto aconteceu bem a tempo: cerca de vinte minutos depois, começou a chover na pista.
Mas o mais interessante é que na próxima semana, haverá mais ação, desta vez em terras húngaras. Vai ser bem interessante, esta luta pelo título...
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