sábado, 2 de agosto de 2014

CNR - Rali da Madeira (Final)

O segundo (e último dia) dia do Rali Vinho da Madeira viu José Pedro Fontes a afastar-se da concorrência com o seu Porsche, mas também viu agitação e a saída de cena de Ricardo Moura, o principal adversário de Pedro Meireles na luta pelo título, vitima de um acidente que causou dois feridos sem gravidade. E no final, apesar da vitória do piloto da Porsche, o sétimo lugar final de Meireles foi mais do que suficiente para se sagrar "virtual" campeão nacional antecipado, graças às quatro vitórias alcançadas anteriormente no campeonato. 

No final, o piloto de Guimarães era um homem feliz: "Atingimos o nosso principal objetivo, não estávamos muito preocupados com a nossa posição. Não imaginava que fosse possível sagrarmo-nos campeões nacionais na Madeira. Sendo precisas seis pontuações, ao fim da sexta prova já sermos campeões é o corolário de uma época quase perfeita. Tivemos que ser estrategas quando isso se impunha, e fomos para as últimas duas provas com esse pensamento. Por vezes apetece andar mais depressa, mas o resultado deste nosso trabalho está à vista e aproveito para dedicar este título ao meu pai, que é o pilar disto tudo, e ao meu irmão Paulo, que há 20 anos esteve perto de ser campeão. Este título também é dele”, afirmou.

Contudo, o Rali da Madeira, graças a um confuso regulamento, irá celebrar três vencedores: o vencedor absoluto, Bruno Magalhães, a bordo de um Peugeot 208 Ti16 R5, o Porsche de José Pedro Fontes e o outro Porsche de Alexandre Camacho. O primeiro, porque não participa no Nacional de Ralis (está o ERC), não têm os seus pontos contabilizados para o CNR, e o segundo, mesmo que tenha acabado o rali nessa posição, receberá os pontos máximos da vitória, e o carro de Camacho, sendo madeirense, contará apenas para o campeonato local. Isso significa que Pedro Meireles, que acaba o rali no sétimo posto, terá os pontos referentes ao quarto lugar, e com isso se tornará o campeão virtual do CNR, isto se alinhar num dos ralis que falta para terminar o campeonato, seja o Rali da Mortágua, ou o Rali de Castelo Branco.

O dia de hoje começou com a classificativa de Campo de Golf, com 16,07 quilómetros, onde José Pedro Fontes foi o melhor e começou a dilatar a vantagem que tinha para o Peugeot de Bruno Magalhães, começando por alargar para 3,6 segundos, enquanto que Alexandre Camacho, noutro Porsche, era o terceiro na etapa inicial e na geral.

Contudo, logo a seguir, na segunda passagem pelo troço do Chão da Lagoa, com 22,07 km, Ricardo Moura sofre o despiste que causa a sua desistência. O piloto do Ford Fiesta R5 perdeu o controlo do seu carro, embateu numa árvore onde estavam algumas pessoas, ferindo duas delas sem gravidade.

Ricardo Moura foi entrevistado no local pela Antena 3, onde afirmou: “Havia uma lomba antes da direita e quando inseri o carro para a curva perdi a frente. Ainda desviei a frente do carro da árvore maior, mas a traseira já não passou e duas raparigas ficaram feridas, e também o António Costa [navegador] ficou magoado numa perna". O rali foi imediatamente interrompido para entrar socorro no troço e retirar os feridos.

Quen não ganhou para o susto foi Bernardo Sousa, que ia a 200 km/hora quando viu espectadores no meio da estrada para que este abrandasse. Apesar de ter conseguido, não deixou da afirmar que era desnecessária tal atitude, que colocou em perigo quer ele, quer as pessoas que estavam na estrada. Contudo, a desistência de Moura poderá significar que Pedro Meireles, o piloto do Skoda Fabia S2000, têm uma chance de ouro de ser o líder do campeonato, caso consiguisse levar o carro até ao fim do rali.

Na parte da tarde, houve um certo susto, quando Fontes não conseguiu arrancar com o seu Porsche a tempo nja classificativa de Cidade de Santana, e permitiu a aproximação de Bruno Magalhães por 0,5 segundos. Contudo, a sinuosidade do troço era mais favorável ao piloto da Peugeot, e aí, a recuperação foi algo maior, e foi o que aconteceu na sexta especial, a de Referta, com 14,5 quilómetros. O piloto da Peugeot cravou um tempo dez segundos mais veloz do que o Porsche e passou para a frente do rali, com 7,4 segundos de avanço.

Na altura, Magalhães era um homem contente: “Correu bem fiz algumas alterações no carro que têm surtido efeito e andámos bem”, comentou.


No final, apesar de não ter vencido à geral, José Pedro Fontes era um piloto feliz com a sua segunda vitória consecutiva no Nacional de Ralis, depois de ter vencido o Rali do Vidreiro, no inicio de junho: “Estou feliz pela vitória, é um dia muito bom para todos nós é uma vitória para toda a equipa, é um justo prémio para todos, e agora estamos ainda na luta pelo vice-campeonato. Vamos lutar por isso, estamos bastante satisfeitos, este é um rali de excelência voltou a ter a força que teve no passado, pois ter pilotos estrangeiros não é tudo, pois por vezes há portugueses bem melhores. Para mim é sempre bom vir a uma ilha onde existe tanta paixão pelos ralis, e agora vamos continuar a divertir-nos. Estamos a lutar com adversários muito fortes, como o Bruno [Magalhães] e o Alexandre [Camacho] são experts nesta prova, vamos tentar lutar.”, afirmou.

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