(continuação do capitulo anterior)
UM NOVO LUGAR PARA VANDERBILT E O GRANDE PRÉMIO
Em 1912, apesar do sucesso do Grande Prémio da América, e agora da Taça Vanderbilt, as criticas locais sobre a maneira como as coisas eram preparadas em Savannah - condenados eram usados para fazer as barreiras, limpar as valetas e arranjar as estradas, as estradas estavam fechadas ao trânsito por longos períodos de tempo e a policia local estava destacada para controlar a ordem - que a organização decidiu abdicar de organizar a corrida nesse ano.
Assim sendo, a ACA e a AAA procuraram um local alternativo para organizar ambas as corridas. No final decidiram-se por Greenfield, na zona de Milwaukee, no estado de Wisconsin. Contudo, mal o local foi anunciado, assistiu-se a uma estranha corrida para comprar os terrenos destinados à construção das bancadas e do parque. Sabendo-se disso, decidiu-se mudar para outro local e escolheu-se a localidade de Wauwatosa, ainda no Wisconsin.
A primeira prova a ser realizada foi a Taça Vanderbilt, a 2 de outubro, onde se inscreveram "apenas" oito carros. Desses, dois eram carros de produção modificados: o Knox de Ralph Mulford e o Lozier de Duke Nelson. Dos outros seis carros, dois eram americanos: o Stutz de Gil Anderson, o Mercer de Hugh Hughes. E os outros quatro eram europeus: o Fiat de Ted Tetzlaff e os Mercedes de Ralph de Palma, George Clark e Spencer Wishart.
Já em relação ao Grande Prémio, que iria acontecer três dias mais tarde, a 5 de outubro, a lista era um pouco maior: treze pilotos estariam presentes. Os três Mercedes, mais o Stutz de Anderson, o Mercer de Hughes, o Knox de Mulford (todos repetentes da Vanderbilt Cup) mais três Benz para Bob Burman, Erwin Bergdoll e Joe Horan; os Fiat de David Bruce-Brown, Caleb Bragg e Ted Tetzlaff, que iria fazer também a Vanderbilt Cup.
Contudo, a 1 de outubro, véspera da Vanderbilt Cup, David Bruce-Brown decidiu fazer mais uma volta de reconhecimento à pista, antes de abrirem as estradas. Numa zona estreita, um dos pneus furou, perdeu o controlo e capotou fortemente, matando a ele e ao seu mecânico, Tony Scudelari. Rapidamente, Bruce-Brown foi substituido por Barney Oldfield.
Sob um ambiente pesado, decorreu no dia seguinte a corrida da Vanderbilt Cup. Tetzlaff foi para a frente, seguido por Di Palma, no seu Mercedes, Clark e Wishart. A partir daqui, Tetzlaff afastou-se grandemente (chegando a ter uma vantagem de 13 minutos) enquanto que a luta era para o segundo lugar, entre Di Palma e Wishart. Contudo, na volta 26, isso virou uma luta pela liderança, quando Tetzlaff parou com a direção partida.
Ralph di Palma, no final, levou a melhor sobre Hugie Hughes, no seu Mercer, dando à Mercedes a vitória que tanto perseguia na Vanderbilt Cup. spencer Wishart foi o terceiro classificado, no outro Mercedes.
Três dias depois, no mesmo local, era a vez do Grande Prémio. Como tinha acontecido na Vanderbilt Cup, Tetzlaff partiu na frente, tentando distanciar-se dos seus adversários, que eram Bragg e Di Palma. Conseguiu distanciar-se até ter mais de doze minutos de vantagem, a meio da corrida. Contudo, o seu estilo agressivo de condução danificou precocemente o seu carro, avariando o eixo traseiro do seu carro e permitindo a aproximação dos seus adversários, primeiro Bragg, depois Di Palma.
As atenções da corrida viraram-se depois para estes dois pilotos, que estavam separados por poucos segundos, e a luta era renhida. Mas no momento em que Bragg passou Di Palma, as rodas de ambos os carros se tocaram e o Mercades acabou na valeta, com Di Palma a sair com uma perna partida e o seu mecânico apenas com ferimentos superficiais.
As atenções da corrida viraram-se depois para estes dois pilotos, que estavam separados por poucos segundos, e a luta era renhida. Mas no momento em que Bragg passou Di Palma, as rodas de ambos os carros se tocaram e o Mercades acabou na valeta, com Di Palma a sair com uma perna partida e o seu mecânico apenas com ferimentos superficiais.
Bragg levou então o outro Fiat até à vitória, com Bergdoll no segundo posto e o Stutz de Gil Andersson no terceiro lugar, sendo o melhor dos carros americanos.
Contudo, no final do dia, os organizadores chegaram à conclusão de que estas duas corridas, apesar do seu prestigio, foram financeiramente pouco compensadoras, numa altura em que Indianápolis e as corridas de pista começavam a prosperar. Para além disso, a localização era remota e não trouxe os lucros esperados. E isso espantou potenciais interessados em organizar a prova em 1913. Após procurarem por algum tempo, sem resultados, a Vanderbilt Cup e o Grande Prémio da América não se realizaram nesse ano, esperando por melhores dias.
(continua no próximo capitulo)
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