Estamos no fim de semana de Monza. E é a partir de agora que o barco anda agitado em termos de transferências. Se aparentemente, as coisas parecem ficar estáticas para a próxima temporada, o facto de alguns pilotos não estarem satisfeitos nos lugares onde estão poderão mudar isso. E de uma certa maneira, esta quinta-feira, para além das tensões Hamilton-Rosberg, surgiram dois focos de atenção no paddock da Formula 1: a possibilidade de Sebastian Vettel ir para a McLaren em 2015, e a demissão (ou reforma, se preferirem) de Luca de Montezemolo da Ferrari, depois de 23 anos de serviço.
A demissão de Montezemolo apareceu na noite de ontem no site alemão "Motorsport Total", poderá ser confirmada hoje ou amanhã, segundo cravam eles. O problema será quem o sucederá. Em principio será Sergio Marchione, o dono da FIAT, e poderá contratar, para o lugar de Marco Mattiacci... Ross Brawn. A Ferrari é suficientemente grande e poderosa para atrair o britânico de 60 anos da sua reforma, e ainda por cima, o regresso a uma casa onde foi feliz entre 1996 e 2006 seria uma maneira de tentar colocar a Ferrari de volta aos seus dias de glória. Resta saber se Brawn quererá aceitar este desafio, mas os próximos dias dirão o que se vai passar.
Esta decisão, a ser anunciada, poderá colocar de lado (por agora) as noticias sobre uma possivel transferência de Sebastian Vettel para a McLaren. É certo que a chegada da Honda à equipa de Woking faz com que a equipa queira um piloto de ponta para 2015. Mas não quer Jenson Button, que fará 35 anos no inicio da próxima temporada e poderá partir para a sua 16ª temporada na Formula 1. É certo que ele quer continuar, mas parece que Dennis e a Honda querem alguém mais jovem, aguerrido e sonante. E claro, não querem abdicar de Kevin Magnussen.
Assim sendo, com o próprio Button a admitir que provavelmente está a viver a sua última temporada na Formula 1, o lugar ficará vago e três pessoas serão as favoritas: Fernando Alonso, Lewis Hamilton e Sebastian Vettel. Apesar de haver uma clausula onde provavelmente libertaria da equipa caso estivesse demasiado longe do título mundial em 2014, é muito provável que não o vá accionar, caso a história de Ross Brawn se confirme. Assim sendo, restam duas alternativas: Vettel e Hamilton.
O alemão é a hipótese mais viável, e esta quinta-feira admitiu que andou a falar com Ron Dennis sobre o seu futuro, embora diga que se sinta bem onde está. “Minha situação não mudou. Estou feliz onde estou”, garantiu. “Mas, você nunca sabe o que pode acontecer no futuro. Agora, eu não sinto a necessidade de fazer algo diferente” enfatizou.
Mas teve tempo de gozar com a situação: "Já houve muita conversa [sobre a McLaren] em Spa-Francorchamps na quinta-feira anterior à corrida, quando disseram que eu havia assinado um contrato de três anos por 150 milhões de dólares [cem milhões de euros]. Eu perguntei: ‘onde está a caneta?’, mas ninguém voltou com ela!”, comentou.
Mas caso Vettel seja o escolhido para a McLaren, iria mexer os dados de forma bem visível. Muito provavelmente, a Red Bull colocaria Daniil Kvyat no seu lugar, enquanto que no lugar do russo na Toro Rosso seria colocado alguém como Carlos Sainz Jr. É interessante ver como é que a saída de uma pessoa poderá significar mais algumas trocas de lugares... nada que tenhamos visto no ano passado, quando Mark Webber abandonou a Formula 1 para abraçar o projeto da Endurance na Porsche.
E há mais um dado que poderá indicar que Vettel poderá ser escolhido. Qual? A contratação de Peter Prodromou como o chefe da aerodinâmica, ou se prefereirem, o projetista do carro. E quem é ele? Até há pouco tempo, o "numero dois" de Adrian Newey na Red Bull. E se Newey poderá ficar por lá até 2016, com o britânico a começar a retirar-se progressivamente de funções, a Red Bull sem o seu numero dois poderá passar por um tempo um pouco mais aflitivo. E isso poderá ser uma garantia para Vettel de que Woking será um sitio onde será feliz.
E claro, se o motor Honda for uma máquina competitiva, capaz de ganhar logo no primeiro ano, que é isso que ele quer, essencialmente. Mais do que ganhar um pipa de massa, ele quer ser competitivo.
E Hamilton? Veremos como vai ser o final do ano. Pode ser que, independentemente do resultado, ele fique na equipa em 2015, lutando contra Nico Rosberg. Ele sabe que a luta pelo título não está descartada e ele irá combater até à última curva, ainda por cima numa temporada onde a última corrida onde a pontuação vai valer a dobrar. Para além disso, leio no blog do Humberto Corradi que Hamilton fez um "acordo de cavalheiros" com Toto Wolff no sentido em que vai ficar quieto até ao final da temporada e que depois iria falar sobre o seu acordo com a marca de Estugarda.
Não creio que se mude, ainda mais se ele for campeão do mundo. Creio até que mais uma temporada na Mercedes é o mais lógico. Mas caso ele não fique, não terá muitas alternativas. Se Vettel assinar pela McLaren, a única alternativa seria a Ferrari, mas livrar-se de Kimi Raikkonen, por exemplo, teria de passar por uma pesada indemnização.
Claro, a alternativa para Hamilton seria alinhar pela "equipa Scherzinger" em 2015... veremos. Faltam sete corridas para o final do ano.
o lugar do Felix da Costa na F1 ardeu, certo?
ResponderEliminarDa maneira como foi tratado na Red Bull, não acredito que ele seja chamado.
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