Quem gosta de ralis, sabe que desde ha uns tempos para cá está a ver vários testes de um modelo Yaris, tripulado pelo francês Stephane Sarrazin. Os testes estão a acontecer desde meados da primavera um pouco por toda a Europa - França, Itália e Alemanha - mas quer de Tóquio, onde está a sede, quer de Colónia, que onde fica a Toyota Team Europe, não há ainda indicações de quando é que a marca se lançará no WRC, ou se vai se lançar no WRC e tudo isto não é mais do que uma manobra publicitária.
A razão é simples: a Toyota, como outras construtoras japonesas, está a apostar seriamente na tecnologia híbrida, para colocar nos seus carros. Isso é uma realidade na Formula 1 e na Endurance, mas no WRC não se verifica por agora. É certo que temos quatro marcas nos ralis neste momento (Ford, Citroen, Volkswagen e Hyundai), mas os japoneses, especialmente a Toyota - com um largo currículo no Mundial - estão relutantes em entrar.
E tudo isto poderá ser uma manobra de pressão por parte da construtora japonesa para Jean Todt. E Martin Holmes, um dos melhores jornalistas de ralis, comentou sobre isso na Autosport portuguesa.
“Penso que se trata de uma 'jogada de bastidores'. A Toyota enquanto construtor dá-se ao luxo de ter uma divisão de desenvolvimento chamada TMG (Toyota Motorsport GmbH) e esta tem atualmente a oportunidade de, em paralelo com a atividade em Le Mans, manter-se a par das tecnologias mais recentes dos ralis com este projeto. A tecnologia dos WRC está constantemente a mudar e evoluir, e tudo vai tornar-se ainda mais dramático com os novos regulamentos técnicos de 2017", começa por afirmar.
"A FIA não tem nada a ver com o projeto da Toyota nem estes testes são dirigidos à federação. Se a Toyota quiser regressar, vai fazê-lo mas penso que só o fará se a nova era dos WRC incluir algum tipo de tecnologia que lhe interesse. Neste momento, não qualquer indicação de que isso vá acontecer”, concluiu.
Em suma, é para levarmos a sério todos estes testes? Talvez, talvez não. Uma coisa é certa: caso eles não queiram voltar ao WRC, poderemos dizer que eles podem dar a estes luxos. Os fãs certamente não irão gostar, mas os construtores não vão para estas competições pelo prazer da competição. Querem vender automóveis no dia a seguir à vitória num rali ou numa corrida qualquer. Sempre funcionaram assim.
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